MOSB realiza nova atividade com o Programa Recomeço

Já há algum tempo o MOSB vem fazendo contato com os responsáveis pelo Programa Recomeço que trabalha com a recuperação de dependentes químicos na região dos Campos Elíseos. Este inter-relacionamento faz parte de uma proposta dos museus de atuarem socialmente, principalmente, no que diz respeito ao contexto em que está inserido. Dessa forma foi proposto um trabalho conjunto com o psicólogo responsável Rodolfo Yamauchi pelo projeto iniciado com uma oficina no museu dia 24 de junho e uma oficina no espaço do Programa Recomeço realizada dia 29 de julho. Nesse segundo encontro realizou-se uma oficina denominada “O papel do ritmo na construção da identidade”, idealização dos estagiários de música do MOSB, Jéssica Rocha e Leonardo Ferreira.

Relato da Estagiária

O trabalho buscou levar aos participantes algo que eles pudessem, por conta própria, construir e desconstruir. Falou-se de identidade coletiva e individual – pois trata-se de um tema que dialoga muito com a realidade de cada pessoa, principalmente, se tomamos a música popular como parâmetro, já que esta muitas das vezes tem caráter de resistência e protesto.

A atividade inicial, três jogos coletivos, cujo objetivo era contextualizar o que vem a ser ritmo, andamento e improviso, foi realizada com blocos de madeira de diferentes tamanhos e formatos – houve também exploração timbrística e exploração sonora. Nessa atividade pudemos nos desprender e também nos sentirmos à vontade (mesmo quem não quis participar esteve atento). Na segunda etapa, em que foi narrada a história do Samba, do Funk, do Rap e da cultura Hip Hop, misturaram-se História, Música e Relatos pessoais. Senti verdadeiramente que houve uma interação concreta dos participantes com o que nós estávamos propondo, pois eles não reagiram como um público passivo, mas sim ativo e disposto a propor comentários e até mesmo canções.

Acredito que atividades como estas vão mais além do que uma espécie de aula, mais além também do próprio conceito de oficina (ao meu entender: algo que se faz, com começo/meio/fim), creio, na verdade, que atividades como essa começam com estas intenções, mas terminam inconclusas, abrindo portas para novos projetos, novas formas de se abordar uma atividade cultural, novos olhares sobre que efeitos uma ação social, unida a uma determinada arte ou atividade de cunho pedagógico/cultural, podem ocasionalmente causar.

Como afirmou Leonardo, um dos proponentes das ações, “assim como na primeira vez que fizemos a oficina existe uma vontade demonstrada pelos participantes de ter voz. É interessante observar como alguns facilmente ligam o que falamos sobre qualquer assunto com suas vidas pessoais e acabam se desvelando. Essa liberdade de expressão é parte essencial das oficinas”.

MOSB

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