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29/11/2022Aquilombar com Dom Bosco no diálogo, no respeito e na alegria!
Com o objetivo de fomentar a reflexão, a discussão e a construção de ações concretas para enfrentarmos e combater o Racismo, iluminados pelos princípios e valores da Pedagogia Salesiana, o CEDESP Dom Bosco Unidade Vila Paulistana, do Instituto Dom Bosco, no dia 18 de novembro realizou o II Quilombo Salesiano – Arquitetura Ancestral da África e do Pindorama antes da Colonização. O momento foi organizado e orientado pelos educadores Gaiza Camerinda, Flávia de Souza e Israel Marques da Unidade. “Ambientamos o Espaço do CEDESP com imagens de Personalidades Negras, preparamos uma exposição com objetos que remetem às nossas raízes ancestrais, como colares, brincos, quadros, cocar, maracás, entre outros, além de fotos de características físicas que compõe a beleza e a diversidade de nosso Ser.”, declarou Israel. A abertura do Quilombo foi realizada pelo Educador Gerson Rocha, que fez um resgate sobre identidade e as Raízes do Pindorama; As Nações e povos que habitavam a Aby Ayala – Américas – antes da invasão. Sua diversidade linguística, sua identidade. Enfatizou as organizações desses povos, sobretudo no território nacional; depois na dimensão do Estado de são Paulo e, por fim, no território, onde hoje é a Cidade e, evoca-nos sobre a necessidade de rememorarmos nossa história a fim de garantir a autonomia, identidade e ancestralidade dos povos originários como legítimos Donos dessas terras. Sob a orientação da Educadora Gaiza, tivemos uma fala potente, jovem e empoderada, por meio do Grupo de jovens do Programa de Trainee da MAGAZINE LUIZA, que tem por objetivo preparar jovens negras para cargos de liderança dentro da Empresa. Fora produzido um vídeo dizendo de como sua Ancestralidade, suas raízes foram importantes para levá-las aonde hoje elas se encontram e, estando aí, nesse lugar de conquista, o que elas projetam de futuro para os outros que virão depois delas; e são categóricas: “Que sejamos o último grupo dos primeiros…”. Na sequência, momentos de vivências, a partir das oficinas de Chá, saúde e ancestralidade com a Educadora Flávia; que resgatou essa sabedoria ancestral aliado ao cuidado, carinho, memória e resistência desse conhecimento que salva e protege. Flávia também liderou a Oficina de Confecção de Brincos; socializando a tradição do Artesanato Indígena, com o Educador Gerson. Espaço de Enfeite e penteados, promovida pelos educandos, como um momento de partilha e interação. O momento foi encerrado com a Oficina de Pintura e Grafismo, com o educador indígena Gerson. Na Sequência, o convidado especial: Mestre Ednilson, Mestre em capoeira no CCA PROVIM Bom Retiro e o grupo de Capoeira Voo do Morcego, conduzindo um momento de vivência por meio de uma grande aula e roda de capoeira, concluindo o primeiro momento. No Período da Tarde, além das atividades realizadas no período da manhã, a turma pode contar com a Presença do Professor João Almeida, Educador e Escritor que veio dialogar sobre os desafios do combate e enfrentamento ao Racismo, a partir da sua mais recente Obra: A Meninas dos Cabelos Encaracolados. DEPOIMENTOS “O racismo característico no Brasil, ele é perverso, porque ele é sutil, e que, mais cedo ou mais tarde, ele se apresenta aos nossos corpos pretos; e que, para tanto, é fundamental saber quem somos, de onde viemos e que, JUNTOS poderemos! Aquilombar com Dom Bosco, no diálogo, no respeito, na escuta, na convivência e na alegria; enfrentando e combatendo todo tipo de violência.”, concluiu Israel. “Me animou ao saber do quilombo, pois o tema vem de encontro com seus interesses; o mesmo proporcionou diálogo com a família; O evento em si me animou, diante das atividades, propostas, roupas, o atabaque… Foi bom saber sobre as culturas do Brasil, sobretudo os indígenas. Também o Chá, como algo ancestral que conecta com o sagrado; foi bom também poder conhecer mais sobre a África; Da oficina do Penteado, reforça a importância e a beleza do cabelo como identidade e beleza; cabelo é cabelo. Da capoeira, foi muito rico, pois proporcionou conhecer mais, ver suas regras e sobretudo, essa conexão com a religiosidade; Quilombo – ampliou um outro olhar sobre o brasil, bem como entender esse movimento dos indígenas que já habitavam, e que a sua diversidade linguística foi fantástico. Foi incrível, pois possibilitou ver o passado, prever o futuro e assim resistir! Promoveu encontrar e reconhecer outras personalidades negras. Foi muito inspirador, por meio do Quilombo, enxergar a essência e as raízes daquilo que nos identifica como Brasileiro, Cidadão, a partir de nossas próprias raízes… Com o quilombo, eu pude perceber minhas raízes, e que, mesmo sendo diferente, foi fundamental para eu autoconhecer e me expressar!” Guilherme Oliveira Borges, Atendido no Curso de Montagem e Recuperação de Computadores MRC. “Gostei muito da Capoeira; as pinturas corporais; a produção de artesanatos, e sobretudo da fala do Professor João de almeida. Foi uma tarde Maravilhosa!”, Matheus Nascimento, Atendido no Curso de MRC. “No dia 18/11 tive o prazer de participar do evento QUILOMBO SALESIANO no Cedesp Dom Bosco; foram tantas atividades interativas, inclusivas e diversificadas que eu fiquei sem saber qual fazer primeiro; inclusive, não consegui participar de todas infelizmente; contudo, aquelas que participei, pude me divertir à bessa e aprender coisas novas. As amostras de objetos, fotos, informações de personalidades negras; depoimentos apresentados, foram extremamente importante para fortalecer em nós a consciência da Representatividade, como instrumento importante da Consciência Negra. A aula de capoeira foi maravilhosa; como sou baiana e a capoeira é muito bem representada em nossa cultura; é como se no momento em que ouvi o som do berimbau, eu fosse tele transportada para minha terrinha, minha amada Bahia. E, esse momento, também reacendeu em mim, o desejo de praticar Capoeira que é tão simbólica. O mais importante dos sentimentos que eu experimentei foi me sentir representada… Quando vi o vídeo produzido pela Gaiza, com as falas de Mulheres Jovens e todas Pretas, tão empoderadas e incríveis, falando, consegui me sentir e forte para ser quem eu sou. Esse quilombo foi importante em várias vertentes. Para nós pessoas pretas, e também para as pessoas brancas e indígenas e, para todos nós que pertencemos a essa Casa salesiana. Foi tudo muito lindo!”, Natali Oliveira, Atendida no Curso de Recursos Humanos. Clique aqui para ver todas as fotos |