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13/12/2018A esperança é uma virtude?
13/12/2018
“Acolher, proteger, promover e integrar”. Essa é a estratégia que resume a abordagem pastoral da Igreja ao fenômeno da migração segundo o cardeal Pietro Parolin, que discursou na Conferência Intergovernamental, realizada em Marrakesh, no Marrocos. O resultado desse evento é a adoção do Pacto Global pela “migração segura, ordeira e regular”, um acordo que foi aprovado por 164 países no dia 10 de dezembro, 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O pacto deve ser levado à análise da Assembléia da ONU, no dia 19 de dezembro.
Todos são chamados a servir para o bem comum
Na ocasião, o cardeal destacou que “o apelo para a busca dos direitos de cada ser humano, como recomendado pelo Papa Francisco, deve levar em conta que cada um faz parte de um corpo maior”. É por isso que “nossas sociedades, como todo corpo humano, gozam de boa saúde se cada membro realiza seu trabalho, sabendo que está a serviço do bem comum”.
Ajudar as pessoas a permanecer em seu próprio país
Portanto, a decisão de migrar, como está escrito no Pacto Global, “nunca deve ser um ato de desespero”, “devemos fazer o melhor que pudermos – insistiu o cardeal Parolin – para garantir que as pessoas possam permanecer em seus países de origem. Devemos construir sociedades mais inclusivas, sustentáveis e justas, reduzindo os fatores estruturais que negam às pessoas seus direitos humanos fundamentais e as forçam a partir”.
A partilha equitativa dos bens da Terra
A Santa Sé partilha, assegurou o secretário de Estado, os princípios orientadores do Pacto Global que focalizam a “prioridade na pessoa, sua dignidade inalienável e o desenvolvimento integral, que é a verdadeira aspiração de todo ser humano”. E se é verdade, como assinala Francisco, que “as migrações revelam, muitas vezes, falhas e fracassos por parte dos Estados e da comunidade internacional, indicam também a aspiração da humanidade de viver a unidade, respeitando as diferenças, com acolhida e hospitalidade que permitem a partilha equitativa dos bens da terra “.
Envolver os migrantes nas políticas que dizem respeito a eles
Daí a proposta do cardeal, “para que esta orientação estratégica seja eficaz”, “adotar uma abordagem inclusiva para atender às necessidades dos migrantes”, que devem estar envolvidos nas “políticas, programas e iniciativas” que lhes dizem respeito “individual e coletivamente”; “uma participação que deve ser “institucionalizada” sempre que possível.
Via Vatican News