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20/11/2015A Cáritas Brasileira, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou sua XX Assembleia, entre os dias 12 e 15 de novembro, em Brasília (DF). Na ocasião, foi eleita a nova diretoria da instituição. O arcebispo coadjutor de Aracaju (SE), dom João José Costa (foto), foi escolhido para presidência da Cáritas, para o período de 2016 até 2019.
O encontro abordou o tema “Gestão da Rede Cáritas” e o lema “Cáritas Brasileira: Missão e solidariedade a serviço da Vida”. A abertura do evento eletivo e comemorativo aconteceu na data em que a instituição completou 59 anos, dando início à ação “Rumo aos 60 anos”.
O cargo de vice-presidente da Cáritas Brasileira será ocupado pela irmã Lourdes Maria Staudt Dill, da Congregação das Filhas do Amor Divino e que atua na Cáritas de Santa Maria (RS). A nova diretora-secretária será Marilene Alves de Souza, da Cáritas diocesana de Montes Claros (MG). O diretor-tesoureiro será Udelton da Paixão, da Cáritas diocesana de Paracatu (MG). Também foram eleitos os membros do Conselho Fiscal, composto por Adão José Piva, padre Wilson Buss, Anadete Gonçalves Reis, que são os três membros titulares; e Otília Balio Fava, padre Francisco Almeida, e diácono Marcus Soares, os suplentes.
Avaliação
Após homenagem à atual diretoria, o bispo de Santarém (PA) e presidente da Cáritas, que cumprirá mandato até o início do próximo ano, dom Flávio Giovenale, e a atual Diretoria Nacional repassarão as atribuições à nova gestão, dentro de um contexto de crescimento no número de entidades-membros e também de articulações nos regionais. Dom Flávio destacou a melhor atuação em conjunto entre os inter-regionais e o fortalecimento do relacionamento com a CNBB.
“Esta experiência adquirida junto a Cáritas nos possibilitou obter uma visão maior do Brasil, porque até então meu trabalho fora desenvolvido principalmente na região da Amazônia. Pessoalmente, agora tenho uma visão mais clara de quanto bem se faz no Brasil. O detalhe é que o bem não faz barulho. As árvores que crescem, as florestas que surgem, não fazem barulho. Já uma árvore que cai faz um estrondo enorme. A Cáritas não faz barulho, as Pastorais Sociais também não. Temos certeza que este mundo pode ser melhor para todos e todas. Por isso devemos manter as esperanças e trabalhar pelos mais necessitados e necessitadas”, contou o bispo.
A vice-presidente da Cáritas, Anadete Reis, falou da oportunidade de celebrar o trabalho da Cáritas Brasileira e debater a realidade do país. “A Cáritas mostra que existe um outro mundo possível de ser construído, que existem alternativas para além do atual domínio dos grandes projetos. Porque ela defende a soberania do país, a liberdade de sua população, a construção de uma sociedade justa e solidária. A Cáritas está se organizando melhor para responder à sua missão”, declarou.
Continuidade
O presidente eleito da Cáritas, dom João Costa, ressaltou a atuação solidária do organismo. “A Cáritas é a caridade na Igreja. A Cáritas representa a esperança, significa a opção pelos pobres. Vivenciar a Cáritas é caminhar com o compromisso de uma sociedade justa, fraterna e solidária, a partir da caminhada em Cristo e da vivência da fé. A Igreja é uma instituição de grande relevância, tem muito a oferecer à sociedade. E não pode se recusar a atender este chamado”, disse.
Sobre o trabalho a ser oferecido pela Cáritas, dom João afirma que a organização deve se pautar pela união e pela fidelidade à sua missão. “Um agente animado anima muitos outros. Um desanimado, desanima outros tantos”, aponta. O bispo ainda disse que é uma “grande alegria e um grande desafio” contribuir para uma “história tão extraordinária como a da Cáritas”.
“A nossa contribuição tem que ser na direção da construção de um mundo melhor. Para isso, contamos com o apoio de todos e todas, de Deus e do Espirito Santo, para nos dar força para enfrentar os desafios e construir um mundo melhor, atendendo os pobres e fortalecendo sua esperança”, declarou.
Em 2016, a Cáritas Brasileira irá completar 60 anos de fundação. No contexto das comemorações, duas ações foram propostas. Haverá o Concurso Comemorativo – Pintando, cantando e contando os 60 anos da Cáritas Brasileira, que reconhecerá trabalhos com a temática do aniversário nas áreas de Design Gráfico, Música e Literatura.
A outra iniciativa é chamada “Pontos de Solidariedade”. Os agentes das diversas instâncias da Rede Cáritas foram convidados a encontrar e eleger 60 pontos de solidariedade nas comunidades. Saiba mais clicando aqui.
A vice-presidente eleita, irmã Lourdes Dill, falou sobre as comemorações e novos passos da entidade. “Agora que vamos celebrar o jubileu, devemos sim olhar para o passado, mas também para o futuro. A Cáritas é o grande braço social da Igreja. Ela representa a conquista da cidadania, colabora para que toda gente seja efetivamente gente. Devemos fortalecer o espírito de cordialidade, o trabalho em rede, apostar na ação coletiva, abandonando o individualismo. Nossa meta é a construção da justiça e da paz, cumprindo a missão da Cáritas que Deus nos confiou”, avaliou.
Por CNBB com Cáritas Brasileira