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Foi realizada no último domingo, 17, a abertura da 33ª Semana Nacional do Migrante, que vai de 17 a 24 de junho, com o tema: “A vida é feita de encontros” e o lema: “Braços abertos sem medo de acolher”. Em Brasília, na catedral metropolitana, a Pastoral do Migrante coordenou a realização da missa de abertura, na manhã do domingo.
O arcebispo da arquidiocese e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, lembrou que a capital do Brasil foi edificada por migrantes, grande parte do Nordeste, que continuam a formar o povo que reside no Distrito Federal. O cardeal ressaltou o papel que o Papa Francisco vem desenvolvendo nesta frente: “O papa tem reforçado, frequentemente, a necessidade da acolhida fraterna aos migrantes, principalmente aos refugiados.”
Símbolos (um globo, uma mala e as bandeiras do Brasil e do Vaticano) que representam os migrantes e refugiados foram levados ao altar por uma família da Índia e um refugiado do Congo que se encontram em Brasília. A ideia da mala surgiu no Seminário Internacional de Migrações e Refúgio ― Caminho para cultura do Encontro, realizada pela Cáritas Brasileira (organismo vinculado à CNBB) realizado, em Brasília (DF), entre os dias 12 a 14 de junho de 2018.
A edição deste ano está em sintonia com a campanha mundial da Cáritas “Compartilhe a viagem”, dedicada à sensibilização e à informação sobre imigração e refúgio. “O convite é para ir ao encontro, como gesto natural dos crentes que vivem uma fé Igreja em saída, para abraçar, escutar, apoiar, dar a mão, compartilhar trajetórias, alegrias, dores e fazer-se próximo”, afirmam os organizadores.
“A campanha ‘Compartilhe a viagem’ propõe incentivar as pessoas, homens, mulheres, crianças e jovens, de todos os credos e religiões, para irem ao encontro dos migrantes, colaborando na construção de uma cultura de Paz, a partir das histórias de vida e da diversidade cultural dos migrantes. Por isso, é importante enxergar os migrantes como oportunidade no projeto de reconstrução das sociedades”, situa o arcebispo de Aracaju e presidente da Cáritas Brasileira, dom João José Costa.
Acolher, proteger
Em uma de suas postagens no Twitter, o Papa Francisco comentou: “compartilhemos com gestos concretos de solidariedade o caminho dos migrantes e refugiados. O Santo Padre tem insistido, com a criação da campanha (#sharejourney, #compartilheaviagem) que a Igreja e todos os cristãos junto aos migrantes e refugiados realizem ações organizadas em torno dos quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar.
Em evento realizado dia 15 de junho, no Teatro Fernando Rojas, em Madri (Espanha), o vídeo da campanha, produzido pela Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, produzido pela La Machi para Buenas Causas, recebeu o prêmio de “Melhor Estratégia Social” no Publifestival – Festival Internacional de Publicidade Social”.
O objetivo da 33ª Semana do Migrante, segundo o bispo de Pesqueira e referencial do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB, dom José Luiz Ferreira Sales é promover a “cultura do encontro”, tão motivada pelo papa Francisco, “fazendo crescer os espaços e as oportunidades para que os imigrantes e as comunidades locais possam se reunir, dialogar e passar à ação”, de acordo com a proposta divulgada.
Além das pastorais e organismos da CNBB, outras instituições ligadas ao atendimento e acompanhamento de migrantes e refugiados colaboraram com o Serviço Pastoral do Migrante e a Cáritas Brasileira nesta ocasião.
Por Canção Nova, com CNBB