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01/06/2016No mundo existem ao menos 45,8 milhões de escravos modernos. Dois terços destes homens, mulheres e crianças estão na área da Ásia-Pacífico. De fato, o continente asiático tem o maior número de escravos. São 26,6 milhões, 58% do total. Os dados foram revelados pelo Global Slavery Index 2016, publicado na última segunda-feira (30/05) pela Walk Free Foundation, organização caritativa fundada pelo magnata australiano Andrew Forreste e sua esposa Nicole.
A Coreia do Norte, Uzbequistão, Camboja, Índia e Catar são os países asiáticos que possuem os percentuais mais elevados de escravos. Em números absolutos, no entanto, Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão encabeçam a lista.
Causas
Segundo estudiosos do setor, três são as principais causas que alimentam a escravidão: o business, com a busca de trabalho a baixo-custo; a criminalidade organizada, que explora o tráfico de seres humanos; a exploração do homem pelo homem.
Para fazer frente a esta verdadeira tragédia, são necessárias leis que proíbam a escravidão; informação clara da indústria a respeito dos modos de produção e onde são produzidos os produtos; mas sobretudo mudança de mentalidade, também em relação ao consumismo desenfreado que busca produtos a custo reduzido.
Primado da Coreia do Norte
Graças a uma maior precisão das pesquisas e métodos, foi revelado que o número de escravos no mundo teve um incremento de 28% em relação a 2014. Em uma lista de 167 países, as primeiras posições – número de escravos em proporção ao número de habitantes – são ocupadas pela Coreia do Norte, Uzbequsitão, Camboja, Índia e Catar.
Situação particularmente difícil na Coreia do Norte, pela existência de uma rede de trabalhos forçados que fazem parte do sistema produtivo do país. Ao mesmo tempo, milhares de mulheres são vendidas à China e países vizinhos como esposas ou para exploração sexual. 4,37% dos norte-coreanos são escravos, revela o relatório.
Catar
O Catar, por sua vez, tem 30 mil escravos (1,36% da população) entre seus 2,3 milhões de habitantes. O setor que mais concentra o trabalho escravo é a construção civil, sobretudo em obras ligadas ao Campeonato Mundial de Futebol de 2022. A grande massa de escravos – 99,4 % são homens – é proveniente, sobretudo, da Índia, Nepal, Filipinas, Sri Lanka e Bangladesh.
Índia e China
Em números absolutos, a Índia e China lideram a lista, com o maior número de escravos. São 18,35 milhões e 3,39 milhões respectivamente. Após vem o Paquistão com 2,13 milhões, Bangladeseh com 1,53 milhões e Uzbequistão com 1,23 milhões. Muitos destes países adotam um sistema de trabalho de baixo custo, produzindo bens de consumo para mercados da Europa, Japão, América do Norte e Austrália.
Apesar dos número, a situação na China é considerada positiva, visto as medidas adotadas pelo governo para combater o problema.
Hong Kong
Um dado curioso, é que para o Global Slavery Index, Hong Kong é pior que a China, pois o território oferece pouca proteção às pessoas vulneráveis à escravidão, como crianças, mulheres, migrantes), existindo até mesmo a suspeita de que “existam políticas governativas e práticas que facilitam a escravidão”.
Por Rádio Vaticano