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06/03/2020O coordenador-geral para o setor logístico-operativo da Jornada Mundial da Juventude 2022 e Bispo auxiliar de Lisboa, Dom Américo Aguiar, anunciou nesta quinta-feira, que a entrega dos símbolos da JMJ foi adiada devido à epidemia do novo coronavírus.
A entrega da Cruz peregrina e do ícone da Salus Populi Romani (Protetora do Povo Romano) tradicionalmente é entregue aos jovens do próximo país sede da JMJ no Domingo de Ramos, que neste ano será celebrado em 5 de abril. Entretanto, por prevenção a possíveis contágios de coronavírus, a entrega dos símbolos aos jovens portugueses acontecerá em 22 de novembro, na Solenidade de Cristo Rei.
“A entrega dos símbolos, a transição de Panamá para Portugal, vai acontecer no fim de semana de 22 de novembro, quando acontece a solenidade de Cristo Rei, de maneira que, até lá, se Deus quiser, a situação internacional de saúde pública possa estar estabilizada”, explicou Dom Américo Aguiar aos jornalistas, em Fátima, onde participou na abertura dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso (WITR/IWRT).
Segundo informou a Agência Ecclesia, do episcopado português o adiamento se segue à decisão do Vaticano de remeter para nova data um encontro do Dicastério para os Leigos, Família e Vida com comitivas da Pastoral Juvenil de todo o mundo. Trata-se de uma medida de “precaução”, por recomendação das autoridades sanitárias da Itália.
Mesmo com o adiamento, a expectativa é de grande participação da juventude portuguesa na recepção dos símbolos. De acordo com Dom Américo Aguiar, a delegação de Portugal deverá contar com “mais de mil jovens”, que estarão com o Papa Francisco em um momento “de festa”.
Após serem recebidos pelos jovens portugueses, os símbolos da JMJ farão uma peregrinação por todas as dioceses do país, bem como por vários países lusófonos, antes do encontro mundial da juventude em Lisboa, em 2022.
Hino e logo da JMJ
De acordo com a Agência Ecclesia, Dom Américo anunciou ainda que já foram escolhidos os vencedores dos concursos para logo e hino da JMJ 2022, os quais estão a “ultimar as propostas”, em articulação com as indicações que chegam do Vaticano, como aconteceu nas jornadas anteriores.
O concurso para a escolha da logo da JMJ contou com a participação demais de 500 candidatos, provenientes de 30 países dos cinco continentes. Por sua vez, o concurso para o hino, que foi voltado apenas para candidatos portugueses, foram lançadas 85 candidaturas.
Para Dom Américo, estas “serão duas marcas mais fortes daquilo que é a proposta da Jornada Mundial da Juventude e queremos que tenha uma marca profundamente ‘.pt’, portuguesa”.
Fátima e Santiago de Compostela
O Prelado falou também sobre os papéis que terão Fátima e Santiago de Compostela, na Espanha, na programação da JMJ. Segundo ele, estão previstas medidas para evitar concentrações inesperadas de jovens. Por isso, “a organização tem a preocupação de criar datas, horários e transportes”.
O coordenador-geral para o setor logístico-operativo ressaltou que, mais do que bater recordes de participação, “o essencial é criar condições de participação para que os jovens tenham uma experiência positiva”.
Inscrições
Outro tema abordado foi a questão das inscrições para a JMJ Lisboa 2022 e Dom Américo Aguiar afirmou que há a intenção de “antecipar o máximo possível” a abertura dessas, mas ainda é necessário definir o valor.
“Não queremos ganhar dinheiro, queremos que o valor corresponda o mais exatamente possível àquilo que serão os custos com o acolhimento dos jovens em Portugal”, disse.
Via ACI Digital