Solenidade de Theotokos
30/12/2014Festa do Batismo de Jesus
09/01/2015- 1ª Leitura – (Is 60,1-6)
- Salmo – Salmo 71
- 2ª Leitura – (Ef 3,2-3a.5-6)
- Evangelho – (Mt 2,1-12)
Liturgia
A Igreja comemora a Solenidade da Epifania de Jesus, neste fim de semana. Popularmente conhecida como “Dia de Reis”, a Epifania é o episódio em que o Menino Jesus é apresentado aos magos como Deus e como Rei perante todas as nações.
Após o Natal, a Páscoa e as celebrações da Ceia e da Paixão do Senhor, a Epifania é a maior solenidade do ano, maior do que as solenidades do Tempo Comum (Corpus Christi, Santíssima Trindade, Sagrado Coração e Cristo Rei) e maior do que os domingos do Advento, da Quaresma e do Tempo Pascal. Isto, dada a importância histórica e teológica da manifestação de Jesus ao mundo.
Esta solenidade, dentro do Tempo do Natal, é celebrada no dia 6 de janeiro, mas, na maioria dos países, é movida para o primeiro domingo do ano civil (ou o segundo, quando o primeiro for 01/janeiro). Os paramentos são da cor branca, mas pode-se usar a cor dourada nesta ocasião também. Ocorre a incensação do altar e o Círio Pascal é deixado aceso, relembrando a celebração da Noite de Natal , uma vez que a Epifania também celebra a Luz de Cristo, Verbo Encarnado no Natal. O Hino de Louvor e o Aleluia são entoados solenemente nesta missa.
Há duas leituras, o salmo e um prefácio eucarístico próprio da Epifania. Aliás, o prefácio do Natal, utilizado em todas as missas desde o dia 24/12 (Missa da Noite), é substituído e, em toda a semana seguinte à Epifania, é utilizado o Prefácio da Epifania, como se houvesse um período de Oitavas da Epifania.
Significado da Epifania
Epifania é um termo grego que significa manifestação. No caso dos cristãos, é usada para designar a manifestação de Jesus em sua Glória, como Divino e Rei. A mais conhecida Epifania de Jesus é a comemorada nesse fim de semana em que o Menino Deus recebe a visita dos Magos. Existem outras duas epifanias: o batismo de Jesus e seu primeiro milagre nas bodas de Caná. Estes episódios serão tratados aqui em outro dia.
A tradição nos diz que os três Magos eram reis de povos pagãos que sabiam da profecia e aceitaram Jesus como seu Salvador. Seus nomes eram Melquior, Gaspar e Baltazar. Os reis seguiram a Estrela do Oriente e encontraram Jesus com sua mãe, Maria. Ao ver o menino, ajoelharam-se e O adoraram, depois entregaram presentes para o menino: ouro, incenso e mirra. O ouro representa a realeza de Jesus; o incenso, sua essência divina; e a mirra, sua essência humana, que também é levada pelas mulheres para o túmulo de Jesus quando Este morre.
Também, na tradição cristã, temos as relíquias dos Magos que passaram por Constantinopla e Milão antes de serem levadas para Colônia, na Alemanha, onde permanecem até os dias de hoje em uma catedral construída em homenagem aos Reis Magos.
Essa passagem do evangelho de São Mateus nos indica o propósito da vinda de Jesus e como será sua vida. Cristo veio para salvar a todos: judeus e pagãos, no entanto terá mais aceitação entre os pagãos do que entre os judeus, sendo que estes últimos ficam preocupados com a possibilidade de perderem o lugar de governantes.
Isso fica muito claro quando Herodes, com medo de perder o trono, pede para os Magos contarem a ele onde o Menino se encontra e não tendo resposta, manda matar todos os meninos com idade abaixo de dois anos.
Este episódio do evangelho dá origem a outra celebração do Natal: “Festa do Santos Inocentes”, que celebra essas crianças que morreram por Cristo ainda bebê.
Natal e Epifania
Nos primeiros séculos do cristianismo, a Solenidade da Epifania era a principal ocasião das comemorações acerca do Nascimento e Encarnação de Jesus. Começou a ser festejada pelos cristãos orientais, no dia 6 de janeiro. O Natal só viria a ser celebrado no dia 25/12 após a fixação de outra data, a Anunciação de Jesus, no dia 25/03, 9 meses antes do Natal.
Com o passar dos anos, o Tempo do Natal assumiu a forma que tem hoje, a Epifania foi absorvida e incluída neste tempo e foi criado um período de preparação para o Natal, o Tempo do Advento.
A Epifania será celebrada nas missas do dia 3/01, às 17h, e do dia 4/01, às 7h, 8h30, 10h30 e 19h.
Férias do Natal (Semana após a Epifania)
Na última semana do Tempo do Natal, a liturgia mostrará as primeiras manifestações de Jesus Cristo como o messias prometido e enviado no Natal. Estes primeiros milagres e ensinamentos completam o Natal de Jesus, que será encerrado com a Festa do Batismo, no próximo domingo. Nesta semana, continuam a ser utilizados os paramentos brancos. Não é cantado o Hino de Louvor, pois são dias feriais, de mesma importância que as férias da Páscoa e do Tempo Comum. O prefácio eucarístico é o da Epifania e há apenas uma leitura.
Cantinho da Liturgia – Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora
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- 1ª Leitura – (Is 60,1-6)
- Salmo – Salmo 71
- 2ª Leitura – (Ef 3,2-3a.5-6)
- Evangelho – (Mt 2,1-12)
1ª Leitura
1Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor.
2Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti. 3Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora.
4Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços. 5Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; 6será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.
Salmo
— As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,/ vossa justiça ao descendente da realeza!/ Com justiça ele governe o vosso povo,/ com equidade ele julgue os vossos pobres.
— Nos seus dias a justiça florirá/ e grande paz, até que a lua perca o brilho!/ De mar a mar estenderá o seu domínio,/ e desde o rio até os confins de toda a terra!
— Os reis de Társis e das ilhas hão de vir/ e oferecer-lhe seus presentes e seus dons;/ e também os reis de Seba e de Sabá/ hão de trazer-lhe oferendas e tributos./ Os reis de toda a terra hão de adorá-lo,/ e todas as nações hão de servi-lo.
— Libertará o indigente que suplica,/ e o pobre ao qual ninguém quer ajudar./ Terá pena do indigente e do infeliz,/ e a vida dos humildes salvará.
2ª leitura
Irmãos: 2Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, 3ae como, por revelação, tive conhecimento do mistério.
5Este mistério Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho.
Evangelho
1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém.
4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”.
7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”.
9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.
10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.