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13/07/2020
Antes de rezar o Angelus no domingo 12 de julho, o Papa Francisco propôs aos peregrinos presentes na Praça São Pedro uma reflexão sobre a parábola do semeador que lança a semente da Palavra de Deus em quatro diferentes solos. Que segundo o Papa é a “mãe das parábolas porque fala em ouvir a Palavra”.
Os quatro solos da semente da Palavra
“Existem diferentes formas de receber a Palavra de Deus. Podemos fazê-lo como um caminho, onde as aves vêm imediatamente e comem as sementes. É a distração, um grande perigo do nosso tempo”. Que podem levar a perder facilmente a fé, principalmente quando se perde o gosto pelo silêncio e o recolhimento.
O segundo modo de acolher a Palavra de Deus é quando a recebemos como um solo pedregoso. “Nele a semente brota depressa, mas também seca rapidamente, porque não consegue criar raízes profundas”. Este caso caracteriza-se pelo entusiasmo momentâneo que permanece superficial, não assimila a Palavra de Deus.
“Podemos ainda acolher a Palavra de Deus como um solo onde crescem arbustos espinhosos. E os espinhos são o engano da riqueza, do sucesso, das preocupações mundanas… Aí a Palavra permanece sufocada e não dá fruto”
Por fim, Francisco nos ensina que:
“Podemos acolhê-la como um bom terreno. Aqui, e só aqui é que a semente ganha raízes e dá fruto. A semente que caiu neste solo fértil representa aqueles que ouvem a Palavra, a acolhem, a guardam no coração e a põem em prática na vida quotidiana”
Francisco afirma que sempre “a Palavra de Deus é uma semente que em si mesma é fecunda e eficaz” e que “Deus espalha-a por toda a parte com generosidade, independentemente do desperdício. Assim é o coração de Deus! Cada um de nós é um solo onde cai a semente da Palavra, ninguém é excluído!”
Por fim o Papa pede para refletirmos “que tipo de terreno sou eu? Pareço-me com o caminho, com o solo pedregoso, com os arbustos? Mas, se quisermos, podemos tornar-nos terreno fértil, lavrado e cultivado com cuidado, para que a semente da Palavra amadureça”.
Via Vatican News