“Brasil precisa hoje que Igreja dê testemunho de comunhão e unidade fraterna”
09/04/2018Tempo de dúvidas
09/04/2018“Gaudete et Exsultate, sobre o chamadoa à santidade no mundo atual” é a terceira Exortação Apostólica do Papa Francisco – depos da Evangelii Gaudium e da Amoris laetitia – durante o seu Pontificado, que acaba de completar 5 anos.
Na introdução, o Papa explica: “O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados”. “Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa. Com efeito, a chamada à santidade está patente, de várias maneiras, desde as primeiras páginas da Bíblia; a Abraão, o Senhor propô-la nestes termos: ‘anda na minha presença e sê perfeito’”.
Francisco explica que “não se deve esperar aqui um tratado sobre a santidade, com muitas definições e distinções que poderiam enriquecer este tema importante ou com análises que se poderiam fazer acerca dos meios de santificação”.
“O meu objetivo é humilde: fazer ressoar mais uma vez a chamada à santidade, procurando encarná-la no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades, porque o Senhor escolheu cada um de nós ‘para ser santo e irrepreensível na sua presença, no amor’”, acrescentou.
A Exortação se dividida em 5 capítulos: O chamado à santidade; Dois inimigos sutis da santidade; À luz do Mestre; Algumas características da santidade no mundo atual; Luta, vigilância e discernimento, distribuídos em 177 parágrafos.
Além disso, trata-se do primeiro documento deste tipo que está dirigido em primeira pessoa ao leitor. O Papa inclusive pergunta: “És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais”.
Os santos “ao pé da porta”
“Na Igreja, santa e formada por pecadores, encontrarás tudo o que precisas para crescer rumo à santidade”, acrescenta depois destas perguntas.
Francisco pede para pensar nos “santos ao pé da porta”, ou seja, não só nos que “já foram beatificados ou canonizados”. “Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. A santidade ‘ao pé da porta’, ‘a classe média da santidade’”.
O Pontífice destaca que “cada santo é uma missão; é um projeto do Pai que visa refletir e encarnar, num momento determinado da história, um aspeto do Evangelho”.
Neste exercício da santidade, “não é saudável amar o silêncio e esquivar o encontro com o outro, desejar o repouso e rejeitar a atividade, buscar a oração e menosprezar o serviço”, pois a relação com os outros é fundamental.
Por ACI Digital