Assembleia da CNBB: reflexão sobre a crise brasileira
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13/04/2016O arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Dom Orani João Tempesta, falou ontem (12), em entrevista coletiva aos jornalistas presentes na cobertura da 54ª Assembleia Geral da CNBB, sobre a realização do Jogos Olímpicos e Paralímpicos que acontecerá na capital carioca em agosto e setembro deste ano.
Dom Orani relatou que quando chegou ao Rio de Janeiro um trabalho pastoral junto ao esporte já acontecia de forma eficiente, o arcebispo disse que a Igreja sempre apoiou o esporte e que essa prática também é uma forma de unir as pessoas.
“O esporte acaba unindo as pessoas que às vezes estão separadas pela distância, política ou até mesmo religião, mas no esporte participam de uma disputa em comum”, colocou.
Durante os Jogos a Vila Olímpica contará com uma assistência religiosa.
“Teremos uma capelania inter-religiosa na Vila Olímpica, a Igreja Católica, como maior expressão de abertura para o ecumenismo, terá um padre capelão da Vila para organizar essa assistência religiosa para com os irmãos, com a responsabilidade de promover a liberdade religiosa”, contou.
Além disso, a Arquidiocese terá também em suas comunidades e paróquias um acolhimento específico para os atletas e turistas que estarão no Rio de Janeiro, como missa nas línguas nativas dos estrangeiros.
100 dias de Paz
Uma cruz com madeiras do mundo inteiro e um cartaz com vários sinais de paz estará no Rio de Janeiro, para a realização dos 100 dias de Paz, ocasião em que 50 dias antes e 50 dias depois do Jogos Olímpicos são promovidas iniciativas pela Paz.
“Teremos a oportunidade de trabalhar os 100 dias de Paz e pedimos a Deus que os 100 dias se prorrogue sempre”, desejou Dom Orani.
As questões sobre Ecumenismo foram apresentadas pelo bispo de Volta Redonda-Barra do Piraí (RJ), Dom Francisco Biasin (foto), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo.
Destacando a Celebração Ecumênica que acontece hoje a noite durante a Assembleia da CNBB, Dom Francisco Biasin considera este evento muito importante na programação.
“Depois do Concílio Vaticano II, os bispos do Brasil, já na assembleia seguinte, convidaram outros irmãos para acabar com certos preconceitos e repetimos a cada ano a celebração ecumênica com a participação das igrejas do Conic e outras abertas ao diálogo”, colocou.
Para essa celebração Dom Francisco falou do tema da Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos (SOUC) “Proclamar os grandes feitos do Senhor” que insira a comunhão.
“ As comunidades da Letônia que preparam o material da Semana de Oração deste ano, quando ouvi a frase do tema pensei logo nos milagres de Jesus, mas depois ouvi a história do povo da Letônia que conseguiu resistir a perseguição do comunismo, conseguiram se unir, e a perseguição fizeram com que não enxergassem as diferenças. No sofrimento alcançaram a unidade que talvez não conseguiriam alcançar se não fosse a perseguição”, ponderou.
Nos trabalhos de hoje da Assembleia haverá ainda uma apresentação do pastor Nestor Friedrich, presidente da Igreja ISLB (Igreja Episcopal de Confissão Luterana no Brasil) sobre o documento católico-luterano, “Do conflito à comunhão”, que lembra os 500 anos da Reforma Protestante que serão celebrados no ano que vem.
Dom Biasin explicou o que o documento diz:
“Esse documento faz uma memória em que as duas igrejas reconhecem os seus pecados, o caminho feito até agora, e tudo que temos em comum para abrir um espaço de profecia para o futuro. Creio que essa abertura é muito importante para o ecumenismo dentro dessas duas Igrejas, mas também para todas as Igrejas […] Essa noite, baseados no lema da SOUC, iremos com as outras igrejas proclamar os grandes feitos o senhor”.
Nesta terça-feira a 54ª Assembleia Geral da CNBB tratou ainda das experiências pastorais dos bispos, 60 anos das Cáritas e 10 anos das Edições CNBB.
Por A12