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08/07/2016O Tribunal do Vaticano condenou a 18 meses de prisão o sacerdote espanhol Angelo Vallejo Balda, após o julgamento do processo de furto e divulgação de documentos reservados da Santa Sé, conhecido como ‘Vatileaks2’. A sentença foi anunciada nesta quinta-feira, 7.
Monsenhor Vallejo Balda foi secretário da Comissão relativa ao estudo e orientação sobre a organização das estruturas econômico-administrativas da Santa Sé, instituída pelo Papa Francisco em julho de 2013 e posteriormente dissolvida, após cumprir o seu mandato.
Francesca Immacolata Chaouqui, leiga ligada à mesma comissão, foi condenada a 10 meses de prisão, com pena suspensa; Nicola Maio, ex-colaborador de monsenhor Vallejo, foi absolvido das acusações.
Também foram absolvidos os dois jornalistas italianos, Emiliano Fittipaldi e Gianluigi Nuzzi, responsáveis pela publicação dos livros ‘Avareza’ e ‘Via Crucis’, respetivamente. Os juízes consideraram que não tinha jurisdição sobre eles, à luz da liberdade de imprensa.
Os livros em causa apresentam, no essencial, o mesmo material com polêmicas ligadas à propriedade dos bens da Santa Sé ou ao Óbolo de São Pedro, que recolhe donativos dos católicos de todo o mundo para o Papa, entre outros. A leitura da sentença foi transmitida ao vivo na sala de imprensa da Santa Sé.
Histórico do caso
O Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano tinha começado a julgar há sete meses as cinco pessoas acusadas de “divulgação ilícita de notícias e documentos reservados” da Santa Sé.
Em 8 de novembro de 2015, o Papa reagiu publicamente às polêmicas sobre as atividades financeiras da Santa Sé, no centro dos livros e do material divulgado, e disse que a “reforma” em curso iria continuar.
As mudanças implementadas implicaram, entre outras medidas, auditorias externas às contas do Vaticano e a criação de uma Secretaria para a Economia na Santa Sé, para além da implementação de medidas de transparência financeira no Instituto para as Obras de Religião (IOR, conhecido popularmente como Banco do Vaticano).
Já em 2012, o Vaticano tinha julgado um caso de vazamento de documentos confidenciais, tendo na altura condenado o ex-mordomo de Bento XVI, Paolo Gabriele, a 3 anos de cadeia, pena reduzida para um ano e meio. O agora Papa emérito viria a conceder-lhe um indulto, semanas após a condenação.
Por Canção Nova, com Agência Ecclesia