Valei-nos, São José!
27/03/2024Formação de Catequistas
22/04/2024Com vistas à Formação Permanente, nossa paróquia ofereceu mais um momento de formação para Formadores, com três encontros sobre o tema A Mistagogia do Tríduo Pascal.
Todo o conteúdo teve por base a Carta Circular Paschalis Sollemnitatis da Congregação para o Culto Divino, da Santa Sé.
Todo ele foi ministrado pelo nosso pároco, P. Eraclides, sdb, que ressaltou a centralidade do mistério pascal de Cristo, origem de todos os sacramentos e sacramentais e por isso mesmo, o ápice de todo o ano litúrgico.
Para vivenciar bem estes santos mistérios a Mãe Igreja institui um tempo de graça e de penitência para todos, catecúmenos e fiéis, preparando-os para plena participação no mistério salvífico de Cristo, com exercícios de oração, jejum e esmola (caridade).
Este tempo quaresmal vai da Quarta-Feira de Cinzas, até o dia da Quinta-feira Santa. A partir da missa vespertina (de véspera) in Cena Domini, inicia-se o tríduo pascal e não antes disso. Assim somos chamados a vivenciar o tríduo do crucificado, sepultado e do ressuscitado, a partir desta Missa, e é a partir dessa celebração que nos recorda a instituição da Eucaristia, da Ordem sacerdotal e do mandamento do Senhor sobre a caridade (o Lava Pés) que tem início o Tríduo Pascal, e não antes.
No segundo Encontro fomos ambientados na Sexta-feira Santa, dia da celebração da Paixão do Senhor, cujas práticas corporais orientadas aos fiéis compreendem a abstinência, o jejum e a adoração da Cruz. A função litúrgica da tarde dá-se não antes das 12 horas e, preferentemente, às quinze horas. A prostração dos ministros, sinal de humildade e entrega, antecede a exposição da Cruz redentora pelo presidente da celebração que, por três vezes apresentará a Cruz e entoará para a adoração de todos “_Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!” É de costume nessa liturgia a comunhão dada aos fiéis com as hóstias consagradas _in Cena Domini_, da noite anterior, também chamada de pré Santificados. Dia em que contemplamos mais detidamente a entrega do “Servo Sofredor” ao sacrifício que nos redimiu. Há a narrativa da Paixão, segundo o Evangelho de São João, de forma dialogada. Ao final da celebração a Cruz fica exposta à adoração de todos os fiéis. É o dia do sepultado! Este segundo dia do Tríduo permanecerá até o início da Vigília Pascal – “a mãe de todas as Vigílias” e por isso mesmo, ao longo de todo o dia do Sábado santo, devem permanecer o jejum, a contrição e a oração.
No terceiro Encontro fomos introduzidos no dia do ressuscitado! E esse dia se inicia com a Vigília Pascal e é o terceiro dia do Tríduo Pascal e vai estender-se por mais oito dias – a Oitava da Páscoa – e com júbilo celebramos a vitória de Cristo sobre a Morte e o Pecado e com isso o nosso resgate, a nossa salvação! Nesta noite vigiamos “em honra do Senhor”. É já em clima de fundada esperança que vivemos a ressurreição do Senhor. Após a cerimônia do “Fogo Novo” – que prepara o Círio Pascal – Cristo, luz do Mundo, caminha entre a assembleia que, a cada anúncio do “Eis a luz do mundo”, responde: graças a Deus!
Com o Anúncio da Páscoa recordamos a nova Criação, com as leituras resgatamos o memorial da libertação do cativeiro do Egito, prefiguração da noite da nossa libertação as demais leituras e salmos que nos levam num crescendo até a Epístola e o Glória e o Aleluia retumbante, até o Evangelho. Em seguida temos a liturgia batismal que acolhe os neófitos (se houver) e onde todos os fiéis renovam suas promessas batismais e seguimos para a celebração da Eucaristia, o ponto culminante da Vigília e o antegozo da Páscoa eterna.
Texto: Tony Salomão | Imagens: Pascom | Design Imagem Capa: Pascom