No mês de outubro, a Santa Igreja exalta a importância dos missionários para a construção do Reino de Deus. No dia primeiro, data em que se comemora Santa Terezinha do Menino Jesus, inicia-se essa caminhada refletindo sobre o que é missão.

Santa Terezinha disse que não se contentava com uma única missão. Queria andar o mundo inteiro pregando sobre a cruz de Jesus, fazendo da sua vida uma missão. Por isso, ela dizia que nem no céu ela ficaria sem trabalhar, prometendo derramar uma chuva de rosas em forma de benção a todos nós.

Mas, afinal, o que é ser missionário?

Todo aquele que leva o nome de Deus e espalha Seus ensinamentos, evangelizando, com o intuito de que muitas almas se convertam, são missionários.

Um grande exemplo de missionário dos nossos dias é o saudoso Papa João Paulo II, atualmente com título de santo. Por quase três décadas esteve à frente da Santa Igreja e é considerado um dos líderes mundiais mais influentes, devido ao seu discurso conciliador.

Em 1985 iniciou as Jornadas Mundiais da Juventude, pois amava de maneira especial os jovens. Os encontros reuniram milhões de jovens católicos com o objetivo de construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas.

Com o terceiro pontificado mais longo da história, tinha como missão promover o diálogo entre as nações e religiões do mundo. Para isso, ele empreendeu inúmeras viagens ao exterior, estendendo influências para além da igreja quando dizia aos líderes políticos críticas que nem sempre estavam prontos para ouvir, como em uma de suas visitas aos EUA, onde falou sobre sérios desacordos com o Ocidente e com a exploração capitalista das nações ricas sobre os pobres. João Paulo II também emitiu desculpas sem precedentes para grupos historicamente prejudicados por católicos, principalmente judeus e muçulmanos.

O Santo Papa João Paulo II tinha profunda admiração e amizade com uma mulher franzina fisicamente, mas com a alma grandiosa.  “A sua missão nas periferias das cidades e nas periferias existenciais permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres. Parece-me que, talvez, teremos um pouco de dificuldade de chamá-la de Santa Teresa: a sua santidade é tão próxima de nós, tão tenra e fecunda, que espontaneamente continuaremos a chamá-la de ‘Madre Teresa”, disse o atual Papa, Francisco, na ocasião da comemoração da memória da madre.

Em sua história como missionária, Madre Teresa escolheu as ruas como seu lar, pois via em cada pessoa necessitada uma oportunidade de viver o amor de Cristo.

Ela evangelizava com palavras, mas muito mais diziam suas ações. Fundadora da Congregação das Missionárias da Caridade, hoje seu trabalho reflete nas centenas de sedes espalhadas por todo o mundo.

Ambos, São João Paulo II e Santa Madre Teresa de Calcutá, ainda estão muito vivos na memória do povo, dada a sua trajetória ter sido acompanhada muito de perto, no século 20. Eles mostraram que ainda hoje em dia é possível viver perfeitamente os ensinamentos de Deus, e que a evangelização ultrapassa qualquer limite de tempo.

Viver uma vida missionária é cumprir o maior dos mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas. E O amando, espalhar o amor e a fé por onde passar.

Créditos:

Texto: Aline Amorim – Pascom | Imagens: Internet | Design Imagem Capa: Ricardo Campolim – Pascom