Pe. Tito Zeman é declarado mártir e Dom Ortiz Arrieta é declarado venerável

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Em audiência realizada no dia 27 de fevereiro, o Papa Francisco recebeu o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, o Cardeal Angelo Amato, e o autorizou a promulgar uma série de decretos concernentes, entre eles o que refere-se ao martírio do Servo de Deus, Pe. Tito Zeman, e o que refere-se ao reconhecimento das virtudes heroicas do Servo de Deus Dom Ottavio Ortiz Arrieta, declarado Venerável, ambos Salesianos de Dom Bosco.

Além dos decretos referentes aos salesianos, foram promulgadas o reconhecimento das virtudes heroicas do Servo de Deus Antonio Provolo, sacerdote diocesano, Fundador da Sociedade de Maria para a Educação dos Surdos-mudos e da Congregação de Maria para a Educação dos Surdos-mudos; do Servo de Deus Servo de Deus Antônio Repiso Martínez de Orbe, sacerdote da Companhia de Jesus, Fundador da Congregação das Irmãs do Divino Pastor; da Serva de Deus María de las Mercedes Cabezas Terrero, fundadora do Instituto Religioso das Operárias Missionárias do Sagrado Coração de Jesus; da Serva de Deus Lúcia da Imaculada (no século Maria Ripamonti), religiosa professa da Congregação das Servas da Caridade; do Servo de Deus Pedro Herrero Rubio, leigo; e do Servo de Deus Vittorio Trancanelli, leigo, pai de família.

Tito Zeman, salesiano sacerdote, mártir e Servo de Deus

A história de Tito Zeman é um ótimo exemplo de fidelidade à causa de Dom Bosco, particularmente através do zelo e do amor pela salvação da vocação dos jovens salesianos quando se deu na Eslováquia o advento e a instauração do regime comunista.

Tito Zeman, salesiano eslovaco, nasceu numa família cristã em 4 de janeiro de 1915 em Vajnory, perto de Bratislava. Desejava ser padre desde os 10 anos de idade e fez os estudos ginasiais e liceais nas casas salesianas de Šaštin, Hronský, Svätý Beňadik e Frištak u Holešova. Em 1931, iniciou o noviciado e no dia 7 de março de 1938 emitiu a profissão perpétua no instituto Sagrado Coração de Roma. Estudante de teologia na Universidade Gregoriana de Roma, e depois em Chieri, servia-se do tempo livre para fazer apostolado no oratório. Em Turim, no dia 23 de junho de 1940, chegou à meta tão desejada da consagração sacerdotal graças à imposição das mãos do cardeal Maurílio Fossati. Celebrou sua primeira Missa em Vajnory no dia 4 de agosto de 1940.

Na noite entre 13 e 14 de abril de 1950, o regime comunista proibiu a existência das ordens religiosas na Checoslováquia, ocupou com seus milicianos os conventos e as casas dos religiosos e das religiosas, deportando consagrados e consagradas para conventos transformados em verdadeiros e próprios campos de concentração. Esta noite dramática foi chamada na Eslováquia de “A noite dos bárbaros”. A providência quis que o padre Zeman estivesse naqueles meses na paróquia diocesana de Šenkvice e, assim, evitasse a prisão. Foi uma ideia do jovem Salesiano padre Ernesto Macák fazer os jovens clérigos passarem ilegalmente a fronteira entre a Checoslováquia e a Áustria, levando-os a Turim, casa-mãe dos Salesianos, onde poderiam completar os estudos teológicos, chegar ao sacerdócio e reedificar espiritualmente a Pátria, depois da queda do comunismo que se desejava fosse logo.

Zeman encarregou-se de realizar a arriscada missão. Começou a preparar a passagem clandestina através da fronteira entre a Eslováquia e a Áustria e organizou duas expedições para mais de 30 jovens Sslesianos. Na terceira expedição, da qual participaram também alguns padres diocesanos, perseguidos pelo regime, foi preso com a maioria dos componentes do grupo. Durante os vários interrogatórios açoitaram-no e quebraram-lhe alguns dentes. Quando o padre Zeman experimentou a violência sobre si e viu-a nos coirmãos, assumiu a responsabilidade e inculpou-se por ter organizado a fuga deles para o exterior. Sobre este período o próprio padre Tito declarou: “Quando me prenderam, foi para mim uma Via Sacra. Do ponto de vista psíquico e físico, eu a vivi durante a prisão inicial. Na prática, durou dois anos… Vivia num temor contínuo de que a qualquer momento a porta da minha cela se abrisse e me levassem para fora, para o local da execução. Por isso, vi todos os meus cabelos ficarem brancos. Se retorno às torturas inimagináveis sofridas durante os interrogatórios, digo-te com sinceridade que ainda hoje me vêm calafrios. Serviam-se de métodos desumanos quando me açoitavam e torturavam. Por exemplo, levavam um balde cheio de material do esgoto, nele afundavam a minha cabeça e a mantinham ali até que começava a sufocar. Davam-me pesados pontapés no corpo todo, batiam em mim com qualquer objeto. Depois de um destes golpes, fiquei vários dias surdo”.

Sofreu um duro processo durante o qual foi descrito como traidor da pátria e espião do Vaticano e o procurador-geral pediu para ele a pena de morte. Em 22 de fevereiro de 1952, foi condenado a “só” 25 anos de prisão sem condicional, e marcado como “mukl”, ou seja, como “homem destinado à eliminação”. Saiu da prisão, com liberdade condicional, após quase 13 anos de prisão, em 10 de março de 1964, depois de ter sido excluído de inúmeras anistias; Sua saúde, porém, já estava comprometida. Morou com um irmão, trabalhando como operário num depósito de materiais têxteis. Mais tarde permitiram-lhe trabalhar como almoxarife, profissão que exerceu até o fim da vida. Irremediavelmente marcado pelos sofrimentos da prisão, morreu cinco anos depois em 8 de janeiro de 1969, rodeado de uma gloriosa fama de martírio e santidade. Viveu o seu calvário com grande espírito de sacrifício e de oferta: “Mesmo se perdesse a vida, não a consideraria desperdiçada, sabendo que ao menos um daqueles que ajudei tornou-se sacerdote no meu lugar”. Sua mensagem “Age sempre segundo o modelo de Dom Bosco e os outros te seguirão”, é atual ainda hoje.

Otávio Ortiz Arrieta, salesiano bispo e Servo de Deus

Dom Otávio Ortiz Arrieta nasceu em Lima, no dia 19 de abril de 1878. Quando os primeiros Salesianos chegaram ao Peru em dezembro de 1891, entre os jovens que acorreram também estava Otávio, que encontrou num deles, padre Carlos Pane, o amigo que a Providência lhe tinha preparado. Abertas as escolas profissionais, ele foi logo aceito e iniciado na profissão de marceneiro. Tornou-se modelo de piedade. Fez seu o lema de Domingos Sávio – “A morte, mas não pecados” – a ponto de ser apelidado de “pecadito”, por alertar sempre a si mesmo e aos amigos sobre o que poderia ser pecado. De aluno marceneiro a estudante, brilhou pela inteligência e pela vontade de ferro. Temperamento de artista, amou a música a ponto de alcançar um bom nível de competência. Tornando-se Salesiano, emitiu os votos perpétuos em 24 de maio de 1902 e foi ordenado sacerdote em 27 de janeiro de 1907: era o primeiro sacerdote peruano!

Em 1918 a diocese de Chachapoyas fica vacante. O direito de patronato concedido ao Presidente da República do Peru pelo papa Pio IX tornava a nomeação muito difícil naquele tempo, pois a nomeação era da competência do Parlamento. Por proposta do Núncio Apostólico, dom Lourenço Lauri, Ortiz Arrieta foi consagrado bispo em 11 de junho de 1922. A diocese de Chachapoyas – antiga diocese de “Quijos e Maynas” – compreendia, então, um território de 95.200 km2 e uma população de 250 mil pessoas. Após um mês de viagem, chegou à sede episcopal recebido como um anjo enviado pelo céu, depois de cinco anos de sede vacante. Foi modelo de bispo e mártir do dever. Quis viver sempre em visita aos seus filhos. Sua vida foi um viajar contínuo em longos dias a cavalo, a pé, na cordilheira, nas florestas, nos rios. Subia até as alturas geladas para, depois, descer aos vales tórridos. Quando chegava num lugar, reunia o povo na igreja e iniciava a catequese. Punha-se a confessar, muitas vezes até noite alta. Não lhe faltaram acidentes graves. Submeteu-se com admirável paciência a uma difícil cirurgia em que lhe foram separados os ossos do cotovelo e da clavícula para corrigir as deformações causadas por uma operação malsucedida, para repetir a mesma intervenção depois de três meses. Ele, porém, declarava-se feliz por sofrer pelas próprias ovelhas.

Nunca se concedeu verdadeiras férias. Quando estava distante, o seu pensamento ia sempre até onde houvesse “muitas almas que procurassem o Pastor”. Conservou sempre o estilo salesiano: amável, acolhedor, habitualmente alegre, próximo do povo. Os jovens enchiam as salas do antigo palácio episcopal. Organizou a banda musical e ele mesmo com simplicidade substituía algum músico que faltasse ao encontro. Com a paixão do catecismo no coração, ensinava-o sempre que o tempo lhe permitia. Foi um organizador nato: celebrou três sínodos diocesanos e organizou um bem-sucedido Congresso Eucarístico; reorganizou os arquivos paroquiais; criou Associações e Confrarias; publicou um jornal.

Teve amor de predileção pelos seus padres. Morava no seminário e uma vez por mês também se fazia de seminarista, compartilhando em tudo a vida dos seminaristas. Fugia das honras, quando lhe foi oferecida a sede primacial de Lima, insistiu para permanecer na sua humilde Chachapoyas.

Foi homem de grande vida interior, sempre unido a Deus, que ele via em cada acontecimento. Quando pregava, todos percebiam a sua santidade sacerdotal e a chama de amor de Deus que ardia em seu coração. Mantinha o rosto sereno tanto nos momentos de alegria como de provação, porque possuía a arte de esconder as próprias penas num sorriso constante. Tinha um coração simples; com a mesma naturalidade celebrava devotissimamente a Santa Missa ou um Pontifical, entretinha-se com seus seminaristas, ou com os camponeses e as crianças, cortava e pregava madeira, lembrança da sua antiga arte de marceneiro, ou resolvia situações difíceis.

Foi generoso também com seus inimigos. Alguns entraram no seu quarto para matá-lo e não o encontrando, queimaram e saquearam tudo. Ele logo expressou palavras de perdão. Morreu aos 80 anos, em 1º de março de 1958, na sua Chachapoyas onde, venerados pelos fiéis, repousam seus restos mortais.

Com informações de News.va

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