Simão Srugi, o bom samaritano

Simão Srugi, salesiano irmão, foi declarado venerável em 1993. Sua fama de santidade em território palestino perdura até hoje. Era conhecido como ‘bom samaritano’ e era chamado pelos muçulmanos de Muàllen Srugi; trabalhou e viveu entre eles. Diziam a seu respeito: – “Pecado que Muàllen Srugi seja cristão. Se fosse muçulmano, o faríamos um dos nossos santos”.

Srugi nasceu em Nazaré, 1877. Perdeu os pais ainda criança e quando não mais contou com os cuidados da avó, entrou para um orfanato católico em Belém. Padre Betosi, seu responsável, tornou-se salesiano e aplicou a Pedagogia Salesiana no orfanato. Encantado com o estilo e entusiasmo salesiano de trabalho e educação, pediu aos 16 anos para ser salesiano. Completou seus estudos no Oratório e na Escola Agrícola, consagrando-se como salesiano irmão.

Como agricultor e enfermeiro, tornou-se referência de justiça e esperança de um mundo melhor para pessoas de uma região assolada por carestias e guerras. Diziam então que depois de Alá, estava Srugi.

Nesta região de minoria cristã católica, afirmou e defendeu, incansavelmente, o princípio de que todos, muçulmanos e cristãos somos filhos de Deus. Justamente pela defesa da igualdade da filiação divina de todos, cristãos e muçulmanos, ganhou respeito e apreço de seus conterrâneos, em sua maioria agricultores. “É como um anjo, é como Alá”.

Como salesiano irmão, dedicou-se inteiramente aos mais necessitados. Foi responsável pelo grande moinho de trigo em Nazaré, tornando-se agente de paz em conflitos entre aldeias vizinhas. Diziam que suas mãos eram guiadas por Deus, motivo de cura e restabelecimento da saúde.

Alimentava-se da eucaristia, nutria-se do amor de seus semelhantes, confirmava por meio de seu testemunho, da forma mais salesiana, o bom samaritano que era: o bom pastor.

Quando Pe. Rua, reitor mor, visitou a comunidade salesiana de Beit Gemal, também chamada em território israelense Beit Shemesh, disse: – “Acompanhem-no bem, registrem suas palavras e suas ações, porque trata-se de um santo”.

Hoje, venerável, e seguramente um dia santo, Srugi, salesiano irmão, também conhecido como o patriarca do deserto, dedicou seus últimos dias de vida ao trabalho com os mais pobres. Em 1943, aos 66 anos faleceu de malária e seu caixão repousa em Beit Gemal junto à tumba gloriosa de Santo Estevão.

Sua história de vida e testemunho nos anima a servirmos a Deus com mais confiança e vigor. Simão Srugi, salesiano irmão, rogai por nós!

Antenados na próxima secção, acompanharemos um testemunho de vida e trabalho dum salesiano irmão bastante querido por nós. Até breve.

Irmão Rodrigo Tarcha, Escola Salesiana São José – Campinas

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