Um pouco de Liturgia: Liturgia da Palavra
09/09/2015Festa de São Mateus, apóstolo e evangelista
20/09/2015- Festa, Cor Vermelha , Gl, Creio, Prefácio Próprio
- Ofício Festivo próprio
- Tempo Comum
- 1ª Leitura – (Nm 21,4b-9) ou (Fl 2,6-11) [pode ser feita apenas uma delas ou ambas podem ser lidas, como 1ª e 2ª leituras]
- Salmo – Salmo 77
- Evangelho – (Jo 3,13-17)
INTROITO: A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou. (Gl 6,14)
COMUNHÃO: Quando eu for exaltado da terra, diz o Senhor, atrairei a mim todas as coisas. (Jo 12,32)
A Festa da Exaltação da Santa Cruz ocorre nesta segunda-feira, 14/09, nas missas das 7:00 e 19:30, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
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Uma das 4 maiores festas do Tempo Comum (Apresentação do Senhor, Transfiguração do Senhor, Exaltação da Santa Cruz e Dedicação da Basílica de Latrão), e uma das festas do Senhor, a Exaltação da Santa Cruz recorda os mistérios celebrados na Sexta-feira da Paixão.
Origem da Festa e seu sentido teológico
As relíquias sagradas foram de grande importância no imaginário popular medieval. A busca pelo cálice sagrado, a arca perdida, a lança que feriu Cristo e sua cruz. No ano de 335 d.c, a mãe do Imperador Constantino encontrou o que seria um pedaço da cruz na qual Cristo fora morto. Em honra ao achado, duas basílicas foram construídas, sendo uma delas a Igreja do Santo Sepulcro, por ordem do imperador romano, Constantino. A festa de dedicação desta igreja tornou-se um momento para a exposição da cruz que teria sido aquela em que Cristo foi morto.
Passados muitos séculos, a importância e confiabilidade na autenticidade das relíquias foram se perdendo, mas o sentido primordial da liturgia permaneceu e, por isso, celebramos esta festa até hoje. A busca pelas relíquias sagradas pode ter sua importância história e científica, como no caso do Santo Sudário, mas o sentido espiritual de exaltarmos a cruz, por exemplo, é muito superior.
A isso nos convida a liturgia de hoje: exaltar o amor de Deus pela humanidade, a nos livrar da condenação eterna, através do sangue de Jesus. Não se trata de obedecer uma lei antiga, trata-se de seguir os caminhos para a liberdade plena, isto é, seguir os ensinamentos do próprio Deus encarnado e ressurreto. Este caminho, aliado à fé e ao amor de Deus, lembrado hoje, nos salva dos males, do isolamento, da solidão e do egoísmo. Muito mais do que venerar uma relíquia, Deus nos chama a seguir a libertação do pecado, pois ele já providenciou tudo o que é essencial, através da morte de cruz.
Importante destacar que a veneração é algo presente na tradição judaica, muito antes do cristianismo. Um expoente é a Arca da Aliança, venerada pelos antigos como um objeto sagrado de extrema importância. Na leitura do Livro dos Números da liturgia de hoje, a serpente de bronze também é um exemplo de relíquia sagrada. A narrativa desta leitura é um prelúdio ao que ocorreria como Jesus, pois a cruz tornar-se-ia o símbolo de libertação e cura, através do seu sacrifício. Por isso, é obrigatório que, em todas as missas, exista uma cruz sobre o altar, voltada para o sacerdote celebrante.
Nesta liturgia, a cor dos paramentos é vermelha. Canta-se o Hino de Louvor, há a profissão de fé e um prefácio eucarístico próprio. Duas leituras estão inscritas no missal, mas recomenda-se a leitura de apenas uma delas, quando a festa não ocorre em um domingo. No ano passado, esta festa substituiu a liturgia do domingo corrente e é celebrada como uma solenidade do Tempo Comum.
Por Thiago – Cantinho da Liturgia
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Primeira Leitura
Leitura do Livro dos Números.
Naqueles dias, 4bos filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”.
6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”.
Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
OU
Carta de São Paulo apóstolo aos Filipenses.
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano,8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor” —para a glória de Deus Pai.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo
— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
— Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.
— Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.
— Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.
— Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor.
Evangelho
R. ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA.
V. Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, porque pela cruz remistes o mundo! R.
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.
16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.