Francisco: unidade, glória e mundo para a missão
18/03/2016Papa no Instagram “para percorrer a estrada da misericórdia”
21/03/2016- Solene, Cor Vermelha, Cr, Prefácio de Ramos
- Ofício Solene próprio
- Tempo da Quaresma
- 1ª Leitura – (Is 50,4-7)
- Responsório – Salmo 21
- 2ª Leitura – (Fl 2,6-11)
- Evangelho – (Lucas 23,1-49)
INTROITO: Saudemos com Hosana o Filho de Davi! Bendito o que nos vem em nome do Senhor! Jesus, Rei de Israel, Hosana nas alturas! (Mt 21,9).
Oração: Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
COMUNHÃO: Ó Pai, se este cálice não pode passar sem que o beba, faça-se a tua vontade! (Mt 26,42)
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Liturgia da Semana Santa
O Domingo de Ramos abre o que, popularmente, denomina-se Semana Santa. Trata-se, na realidade, do 6º Domingo dentro do Tempo da Quaresma (no calendário tridentino, o 2º Domingo da Paixão). Não recebe numeração, como os outros 5 domingos, pois já é parte da celebração do mistério da Paixão e Morte de Jesus, mas faz parte da Quaresma.
A Quaresma terminará nas vésperas da Quinta-feira Santa, por isso, inclui as missas da segunda,terça e quarta-feira, além da missa matutina da Quinta-feira, conhecida por Missa dos Santos Óleos, sempre presidida pelo bispo da diocese local.
Deste modo, o Domingo de Ramos tem o mesmo caráter solene que os domingos do Advento, os outros domingos da Quaresma e os domingos do Tempo Pascal; todos atrás apenas da Vigília Pascal, do Natal do Senhor, da Ceia do Senhor, da Paixão e Morte do Senhor, da Epifania do Senhor, da Ascensão do Senhor e de Pentecostes.
Nota Histórica
No calendário tridentino, o 5º Domingo da Quaresma era chamado de 1º Domingo da Paixão, a 5º Semana ainda leva leituras relacionadas, diretamente, ao mistério da Paixão e Morte de Jesus. O Tempo da Paixão incorporava todas as celebrações até a Sexta-feira Santa (inclusive) e o ofício do Sábado Santo. A partir da Vigília Pascal (Sábado Santo à noite), inicia-se o Tempo da Páscoa.
Hoje, a Quaresma incorporou tanto a preparação quanto as celebrações da Paixão. A cor roxa é utilizada no Sábado Santo, na administração dos sacramentos permitidos, antes da Solene Vigília Pascal, que inaugura o Tempo Pascal. No entanto, é mais correto dizer que, a partir da Quinta-feira Santa, à noite, inicia-se o Tríduo Pascal, com a Missa da Ceia do Senhor, e inclui a celebração da Paixão, na Sexta-feira Santa, e os ofícios do Sábado de Aleluia.
O Tempo Pascal inicia-se com o domingo de Páscoa, sendo a primeira celebração, a Vigília Pascal, missa vespertina da Páscoa, semelhante ao que ocorre com o Natal, quando celebramos a missa do galo, na véspera.
A denominação ‘Semana Santa’ é apenas popular, pois não configura um tempo litúrgico, mas faz parte da Quaresma e do Tríduo Pascal.
O Domingo de Ramos
Este domingo é profícuo em demonstrar a contradição presente nos seres humanos, sobretudo em como as pessoas podem ser manipuladas a mudar de opinião sobre Jesus, passando a considerá-lo criminoso, pouco tempo depois de tê-lo aclamado Rei. Por esta razão, proclamamos o Evangelho da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, logo no início da celebração, em algum lugar no exterior da Igreja.
Segue-se a procissão dos Ramos, revivendo a atitude dos Judeus para com Jesus, ao saudá-lo como um Rei da casa de Davi, conforme as profecias deram conta, em preparação de seu Natal. Logo depois, a missa transcorre como de costume e proclamamos sua Paixão e Morte.
A ambiguidade motriz é escancarada: os mesmos que acolheram Jesus como herdeiro de Davi, com gritos de alegria, são conduzidos pelos fariseus a condená-lo e negá-lo.
Outra função teológica da liturgia de hoje é exibir os pontos de vista de cada Evangelista, acerca da Paixão do Senhor. A cada ano litúrgico,nesta data, apenas o Evangelho é alterado, seguindo o Evangelista central do respectivo ano. Por isso, não se pode considerar que participar da missa de hoje, substitui a necessidade em celebrar a Paixão, na Sexta-feira Santa, a qual sempre narra do ponto de vista de São João.
São João é anacrônico, uma vez que não tem por objetivo, traçar uma linha narrativa temporalmente detalhada, mas reflexões teológicas mais encovadas e complexas sobre os fatos.
São José
Hoje, 19 de março, celebramos a Solenidade de São José, apenas na missa das 7:00, em nossa Paróquia, devido ao costume em celebrar-se a liturgia dominical nas vésperas.
Neste ano, São José abriu a Semana Santa. E há um importante relacionamento entre o papel de José e a saudação dos Ramos. Vimos, na liturgia de São José, que ao Rei David é prometida uma descendência majestosa, que governará Israel em sua glória.
Jesus, filho de Maria, é acolhido como filho de José. Ambos, Maria e José, são da descendência do Rei Davi, conforme os evangelhos. A antífona de entrada da missa de hoje é a confirmação da majestade temporal de Cristo: “Hosana, o Filho de Davi!”
Ao recordamos São José, patrono das famílias, reconhecemos o Menino Jesus como o prometido Rei, que entrará gloriosamente em Jerusalém para ser morto, mas triunfar na Ressurreição conduzida pelo Pai.
São José, rogai por nós!
Saiba Mais sobre a Solenidade de São José (CLIQUE AQUI).
Por Thiago – Cantinho da Liturgia
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Primeira Leitura
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Responsório
— Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
— Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
— Riem de mim todos aqueles que me veem, torcem os lábios e sacodem a cabeça: ‘Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!’.
— Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado.Transpassaram minhas mãos e os meus pés e eu posso contar todos os meus ossos. Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam!
—Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica.Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro!
— Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos! Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o toda a raça de Israel!
Segunda Leitura
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame : ‘Jesus Cristo é o Senhor’, para a glória de Deus Pai.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho
V.: Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz. Pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome (Fl 2,8s).
Narrador 1: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo + segundo Lucas.
Naquele tempo, 1toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2Começaram então a acusá-lo, dizendo:
Ass.: “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei”.
Narrador: 3Pilatos o interrogou:
Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador: Jesus respondeu, declarando:
Pres.: “Tu o dizes!”
Narrador: 4Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:
Leitor 1: “Não encontro neste homem nenhum crime”.
Narrador: 5Eles, porém, insistiam:
Ass.: “Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui”.
Narrador: 6Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
Leitor 1: “Este homem é galileu?”
Narrador: 7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. 8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.
10Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. 11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.
13Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
Leitor 1: 14“Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: 18Toda a multidão começou a gritar:
Ass.: “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”
Narrador: 18Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio.20Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. 21Mas eles gritaram:
Ass.: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador: 22E Pilatos falou pela terceira vez:
Leitor 1: “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: 23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. 25Soltou o homem que eles queriam — aquele que fora preso por revolta e homicídio — e entregou Jesus à vontade deles.
26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. 28Jesus, porém, voltou-se e disse:
Pres.: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! 29Porque dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram’. 30Então começarão a pedir às montanhas: ‘Cai sobre nós! e às colinas: ‘Escondei-nos!’ 31Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?”
Narrador: 32Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus.33Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34Jesus dizia:
Pres.: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”
Narrador: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. 35O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:
Ass.: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
Narrador: 36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,37e diziam:
Ass.: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
Narrador: 38Acima dele havia um letreiro:
Leitor 2: “Este é o Rei dos Judeus”.
Narrador: 39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:
Leitor 2: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
Narrador: 40 Mas o outro o repreendeu, dizendo:
Leitor 1: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.
Narrador: 42E acrescentou:
Leitor 1: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
Narrador: 43Jesus lhe respondeu:
Pres.: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Narrador: 44Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde,45pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio,46e Jesus deu um forte grito:
Pres.: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Narrador: Dizendo isso, expirou.
(Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
Narrador: 47O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo:
Leitor 1: “De fato! Este homem era justo!”
Narrador: 48E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.