3ª-feira da 33ª Semana Tempo Comum
15/11/20164ª-feira da 33ª Semana Tempo Comum
16/11/2016Foram os seus próprios contemporâneos que apelidaram S. Alberto de “Magno”. Foram eles também que, ao se referirem à profundidade e ao alcance do seu saber, o apelidaram de “Doutor Universal” e disseram que era “um homem não menos do que divino em seu saber, de modo que poderia ser convenientemente chamado de maravilha e milagre de nosso tempo”. O fato de ter sido mestre de S. Tomás de Aquino aumentou ainda mais a sua fama. Ele nasceu na Suábia, da família dos Bollstädt, no castelo de Lauingen, às margens do Danúbio, em 1206. Pouco se sabe dos seus anos de juventude ou com que idade ele ingressou na Universidade de Pádua.
Em 1229, tornou-se frade dominicano pregador. Lecionou nos principais polos de cultura europeus de sua época, Itália, Alemanha e França. Em Paris, atraiu tantos estudantes e discípulos que teve de lecionar em praça pública. Que passou a ser chamada de praça Maubert, graças a santo Alberto Magno. O nome é uma derivação de Magnus Albert, e existe até hoje.
Em 1254, eleito superior provincial de sua ordem na Alemanha, abriu mão da cátedra de Paris para ficar na comunidade dominicana sob sua direção, quando demonstrou todo o seu espírito de monge pobre e humilde. Viajou por grande parte da Alemanha sempre a pé e pedindo esmolas no caminho para alimentar-se. Assim, ele fundou vários conventos, além de renovar os já existentes.
Em 1260, foi nomeado bispo de Ratisbona, ocupando o cargo por dois anos, quando pediu exoneração. Não estava interessado no poder e sim no saber, voltou para a vida simples no convento que ele fundara e ao ensino na Universidade de Colônia. Já entrado nos setenta anos, foi incumbido pelo papa Urbano IV de liderar as cruzadas na Alemanha e na Boêmia. Em 1274, teve participação decisiva na união da Igreja grega com a latina, no segundo Concílio de Lyon.
O grande filósofo e teólogo que dedicou sua vida na busca incansável do encontro da ciência com a fé, e que se destacou, principalmente, pela humildade e caridade. Escreveu mais de vinte e duas obras sobre teologia e ciências naturais – como a filosofia, a química, a física, e a botânica -, além de inúmeros tratados sobre as artes práticas – como tecelagem, navegação, agricultura, Foi, sobretudo, um profundo observador e amante da natureza. Por tudo isso, ainda em vida era chamado de “o Magno” por seus contemporâneos.
Três anos antes de sua morte, santo Alberto Magno começou a perder a memória. Mandou, então, construir sua própria sepultura, e rezava o ofício dos mortos todos os dias. Morreu, serenamente, no dia 15 de novembro de 1280. Ele só foi beatificado no ano de 1622, e embora houvesse um considerável aumento da devoção a ele, sobretudo na Alemanha, a canonização não se efetivou logo. Em 1872, e novamente em 1927, os bispos alemães pediram à Santa Sé a sua canonização, sem resultado aparente. Mas o papa Pio XI, através de uma carta decretal, canonizou-o e proclamou-o doutor da Igreja em 1931. Dez anos depois, o papa Pio XII declarou-o padroeiro dos estudiosos das ciências naturais.
A Igreja também celebra neste dia a memória dos santos: Leopoldo, Fidenciano e Lupério.