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Deus, em todo o Seu poder eterno e em Sua divindade, torna-se reconhecível quando as obras por Ele realizadas são testemunhadas pela fé dos homens. Esse conhecimento é, no entanto, ainda superficial, porque procura Deus por meio do que nos é visível. O Deus Pai Criador, Onipotente, Onisciente e Onipresente carrega consigo a perfeição que a mente humana não pode contemplar. O amor pela criação, contudo, traduz-se na manifestação terrena de Deus: Jesus Cristo.
É pelo sacrifício de Cristo que conhecemos Deus, acima de tudo, por Sua relação de amor para com o homem. Então, a perfeição se torna compreensível em todas as obras de amor por Ele realizadas. Deus se aproxima do homem em Cristo e, no ápice do amor e da misericórdia, teve Sua morte na cruz e a Sua ressurreição. Está reconhecível que toda doutrina cristã representa sinal do amor de Deus por nós, porque são nas obras e nos ensinamentos de Jesus Cristo que ela se fundamenta.
A missão da Igreja é o advento do Reino do Senhor e a salvação de todos os homens. E toda boa obra que o cristão pode oferecer ao próximo resulta da promessa de salvação eterna, que é, por sua vez, manifestação do amor de Deus pelos homens. A doutrina católica é a tradução ao homem das lições de amor tão profundas que só os santos puderam compreendê-las de todo o coração. Isso porque a vida em santidade é reflexo da vida em Jesus Cristo, ou seja, da vida sem pecado e para o serviço.
Deus em primeiro lugar
Em um primeiro momento, é preciso reconhecer que o pecador é aquele que colocou seu interesse particular e egoísta acima da justiça e do amor ao próximo. Ao considerarmos os mandamentos, é fácil identificar – por exemplo – que aquele que mata, rouba e presta falso testemunho (mente) está pecando contra o próximo e contra Deus. Aliás, não seria melhor viver no mundo em que cada homem e mulher ame seu próximo como a si mesmo?
É essa a resposta de Cristo ao ser perguntado sobre qual o maior dos mandamentos: pôr Deus, em primeiro lugar, e o próximo como igual a si. Deus em primeiro lugar, porque suas obras serão repletas de amor. O irmão ao seu lado, porque poderá viver a caridade e a misericórdia. Você não pode se colocar acima de tudo e de todos, sob pena de viver a solidão, o egoísmo e a ganância. A mensagem da doutrina é cristalina: Deus nos ama e deseja um reino de amor.
A doutrina cristã é, por excelência, a doutrina de Cristo, e essa é a lição: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). E assim, fiéis ao Evangelho e em comunhão com os que amam e promovem a justiça, faremos obras de testemunho da verdade, que é o amor do Pai celeste. E que assim, em todo o mundo, os homens terão esperança – dom do Espírito Santo –, para que sejam recebidos na glória do Senhor. Que assim seja.
Referências:
BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.
JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Dives in misericordia. Roma, 30 nov. 1980.
PAULO VI. Constituição Pastoral Gaudium et Spes. Roma, 7 dez. 1965.
Por Luis Gustavo Conde, via Canção Nova