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15/12/2020
Os nossos critérios de ação devem ultrapassar a realidade unicamente humana. Na origem das atitudes, há os dados da ética e da moral, mas também as questões divinas que estão relacionadas às questões da fé. Ser generoso não é simplesmente ser justo, mas atender as necessidades de quem está em jogo. Não é fato apenas de merecimento e justiça, mas de solidariedade e partilha de forma fraterna, para que todos tenham vida digna.
O generoso entra na lógica de Deus
O mundo é como um terreno onde se planta de tudo. É daí que tiramos os alimentos. Mas todos devem trabalhar, uns mais e outros menos, dependendo das condições de cada pessoa. Os frutos são para sustento da coletividade e de forma solidária. Para o trabalho, há pessoas que chegam cedo, outras trabalham menos, mas ambos têm necessidade de vida e alimento. Na partilha, ninguém pode ser injustiçado, mesmo que alguém receba além do que é justo por não ter trabalhado o tempo todo.
Jesus conta a parábola do patrão que combinou o salário do dia com um trabalhador. Outros foram chegando ao transcorrer do dia, havendo até quem chegasse ao fim da tarde. A ambos o patrão pagou o mesmo valor. Ele agiu com justiça e generosidade. No mundo capitalista, as atitudes são diferentes, mesmo sabendo da existência de quem partilha com os trabalhadores os lucros da empresa. No mundo de Deus, a ternura e a generosidade ultrapassam as nossas, a lógica é diferente do que fazemos.
Deus olha a necessidade da pessoa
A prática da vida cristã deve ser a do amor, com capacidade de doação maior do que aquilo que merecemos. É a misericórdia, a paciência, a compaixão, a bondade e a justiça, tendo como objetivo viver bem, tendo uma vida que faça sentido.
Para Deus, a partilha não é matemática nem mesquinha, porque Ele olha a necessidade da pessoa. A bondade do Senhor ultrapassa os critérios humanos e Seus dons são sem medida. O que importa não é o que fazemos, mas a forma como fazemos as coisas.
Via Canção Nova