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05/02/2020Hoje, eu gostaria de falar sobre a brevidade da nossa própria existência e a importância de termos uma vida reta.
O que temos, filhos, é o hoje. Não por acaso, o hoje chama-se presente, ou seja, é o presente do hoje, porque amanhã, talvez não seja um presente. Reflita, trate bem os seus, reze, procure uma vida correta. No final do dia, temos que estar com as malas prontas, porque talvez o presente do hoje seja o último presente.
As nossas malas devem estar prontas para uma viagem inevitável, que é a da eternidade, podendo ser com Deus ou a eternidade sem Deus. Isso vai depender de onde embarcarmos para essa viagem e com quem embarcarmos. Se será com Deus numa vida virtuosa ou com o Diabo numa vida impura, incoerente e sem virtudes.
E Jesus nos ajuda nessa escolha. Ele nos revelou o Pai, Jesus é o caminho que nos leva ao Pai. Ele é a luz que dissipa as trevas. Ele disse eu vim como luz (cf. Jo 12, 46), mas o mundo preferiu as trevas. Quem vive no pecado não quer luz.
Todos fomos crianças e quem tem filhos sabe que, quando a criança é arteira e apronta alguma coisa errada, entra dentro de casa e vai pelos cantos escuros para não ser vista, para não chamar a atenção e passar sem levar bronca e ser castigada. É a mesma coisa quem anda no pecado. Não quer luz, não quer discernimento, quer se afastar da Igreja, quer se afastar dos sacramentos, das pessoas de bem.
Pecado gera pecado, quem está no meio do pecado quer andar na escuridão do pecado, para que a podridão não venha à tona. Então, se aproximar da luz de Jesus significa olhar para nossa própria podridão, olhar para nossos pecados e dizer: “Sou eu, Senhor. Dissipe as trevas da minha vida”.
Jesus é verdade! Não a verdade do mundo que é idêntica a analgésico, tira a dor, mas não cura. A verdade do mundo fascina, ludibria, cega e engana. A verdade de Deus, muitas vezes dói, mas sempre liberta.
Busquemos encontrar Deus e Ele se deixará encontrar. O próprio Deus nos diz, através do profeta Jeremias: “Vocês me procurarão e me encontrarão se me buscarem de todo o coração” (Jr 29,13).
Não importa se é como nos diz a Parábola dos trabalhadores da vinha (Mt 20,1-16), ao amanhecer, ao meio dia ou ao entardecer de nossa existência vamos ter um encontro com Deus, se não pelo amor, pela dor. Deus espera pacientemente que o pecador se converta e se volte para Ele.
A felicidade que buscamos e que sei que todos buscamos, só encontraremos em Deus, por Jesus. Não depositemos a razão de nossa felicidade em pessoas, não arrisquemos todos os trunfos da nossa vida em alguém.
Arrisquemos em Deus, Ele é fiel. Busquemos a luz sem trevas, a verdade sem mentiras, a felicidade absoluta que é Deus, em Cristo Jesus.
Por Pe. Reginaldo Manzotti, via Aleteia