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Todas as pessoas que participam da missão de Jesus participam também do seu tríplice múnus: sacerdotal, profético e real. Participam do sacerdócio de Cristo através da busca da santificação pessoal e comunitária, da oração, da intercessão etc. Essas também participam do múnus profético através da Palavra que denuncia o pecado e anuncia o Reino e participam do múnus régio pelo serviço aos irmãos e irmãs.
A participação no múnus profético exige compromisso com a verdade e com os valores morais, que atrai a ira de todos os que são contrários à proposta de Jesus, e, como no caso de João Batista, acarreta em ódio, vingança, perseguição e pode até levar à morte.
A morte e a ressurreição de Cristo são os sinais supremos da sua messianidade, e também o centro da revelação cristã. Neste evento (cruz-ressurreição), apóia-se a certeza da nossa salvação e participação na glória eterna. Para tanto, torna-se necessário aceitar a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo.
A incredulidade nos impede de ver o Cristo
A incredulidade dos mestres da lei e dos fariseus não lhes permite ver o sinal maior: a presença salvadora de Cristo. Pedem sinais externos, porque não fizeram uma experiência de fé. No Evangelho de Mateus 12, versículos 38 a 42, vemos Jesus falar do sinal do profeta Jonas e explicar: assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. O grande ao qual Jesus estava se referindo era o seu mistério pascal, ou seja, a sua própria ressurreição, sinal que nem Jonas nem Salomão podem superar e que é o grande fundamento da nossa fé, fundamento que os mestres da lei e os fariseus não quiseram ver, pois sua crença mesquinha exigia, antes de tudo, sinais materiais e não sinais espirituais de vida em plenitude.
Quando levamos a vida espiritual a sério, somos responsáveis por criar um ambiente, no qual a mesma possa crescer e amadurecer. E, embora eventualmente não sejamos capazes de criar o contexto ideal para uma vida no Espírito, temos muito mais opções do que geralmente pensamos. Podemos, por exemplo, escolher amigos, livros, igrejas, arte, música, lugares para visitar e gente com quem estar que, no seu conjunto, contribuem para criar um ambiente em que é possível à semente de mostarda, que Deus semeou em nós, crescer até atingir as dimensões de uma grande planta. Não podemos ter uma vida espiritual, sozinhos. A vida do Espírito é como uma semente que precisa de terreno fértil para crescer. Este terreno fértil inclui não só uma boa disposição interior, mas também um ambiente favorável. Não é, pois, surpresa nenhuma que as pessoas que vivem em um ambiente secular – onde o nome de Deus nunca é mencionado, da mesma forma onde a oração é desconhecida, bem como não se lê a Bíblia e a conversa sobre a vida no Espírito é completamente ausente – não consigam suportar a sua dimensão de comunhão com Deus por muito tempo.
É muito difícil viver uma vida de oração num ambiente onde não se reza ou se fale com carinho da oração. É uma tarefa sobre-humana, mas possível, porque, é o Espírito que nos conduz a procurar fixar o coração no Reino quando todos aqueles que conhecemos e com quem convivemos têm o coração fixo em tudo, menos no Reino.
Por Eduardo Rocha Quintella – Fraternidade S. J. da Cruz – O.C.D.S B.H., via Canção Nova