O que se diz para a Amazônia, serve para a Igreja inteira: reconstruir a nossa profecia
13/02/2020CF 2020 – Espiritualidade do Bom Samaritano
13/02/2020
Nossa generosidade deve ser exercitada em nosso cotidiano, a quem encontrarmos em necessidade, como nos ensina Jesus na parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37). Deus nos faz um apelo para que sejamos como Jesus, o Bom Samaritano, por excelência.
No texto da parábola o interlocutor de Jesus pergunta sobre quem é o próximo. Sejamos sinceros: se pudéssemos escolher nosso próximo e o momento de fazer a caridade seria mais fácil. Entretanto, o próximo se impõe e a necessidade do outro não escolhe horário.
O “próximo” não somos nós que escolhemos, é a vida que nos interpõe. Ninguém pode escolher seu “próximo”, é o momento que nos traz. Podemos estar saindo para comprar pão e o “próximo” estar ali entre a casa e a panificadora. Às vezes, o próximo se coloca em nossa vida como se colocou na vida do sacerdote que virou as costas e foi embora, na vida do levita que também passou e não se comoveu.
Nós devemos aprender com Jesus que é o Bom Samaritano! Quando Ele conta a parábola está falando isso, somos chamados a sermos hoje e sempre Bons Samaritanos. Fico pensando naquele homem que apanhou dos ladrões e foi deixado, todo machucado, quase morto e, Jesus diz que o samaritano o levou para a hospedaria.
Jesus é aquele que é capaz de passar pelos caminhos e acolher aqueles que estão precisando de misericórdia. Ele os leva para a hospedaria, que é seu coração. Conforta-me pensar que Jesus age dessa forma, recolhendo aqueles que caíram, e se perderam, porque se não nos cuidarmos nos perdemos.
Por isso, quanto mais pudermos, sejamos misericordiosos. Perdoemos mais. Se alguém nos fez alguma ofensa, perdoemos. Quando tivermos oportunidade de revidar, não revidemos. Se alguém nos fizer mal, nos fizer desaforos e tivermos oportunidade de passar para a frente, falar mal, mesmo que estejamos cobertíssimos de razão, é nessa hora que somos chamados a dizer: “Não, eu não vou falar. Eu vou relevar”. Isso conta pontos no céu e Deus agirá dessa forma conosco.
Sempre fique com essa imagem: “Eu quero ser o Bom Samaritano”. A compaixão é uma atitude tão profundamente humana quanto divina, por isso, deixemo-nos amar pelo Bom Samaritano e amemos nosso próximo como Bom Samaritano.
Por Pe. Reginaldo Manzotti, via Aleteia