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Todos nós sabemos que a vida é repleta de escolhas. Todos os dias, devemos escolher qual o horário em que vamos levantar, a roupa que vamos usar, o que vamos comer e o caminho pelo qual iremos trabalhar ou realizar qualquer atividade ou compromisso.
Contudo, a vida não é feita somente de escolhas simples como as que citei acima. A vida, muitas vezes, é constituída de decisões tão perplexas, que são capazes de decidir o rumo de nossa história.
Trazendo as decisões complexas que a vida necessita que façamos para o contexto católico, pode-se dizer que podemos viver duas histórias durante nossa jornada nesta terra: a história que Deus preparou para cada um, mesmo antes de estarmos no ventre de nossa mãe terrena, e os sonhos que sonhamos por nós mesmos. A escolha, dependerá única e exclusivamente de nós.
Quando escolhemos algo – sem exceção – arcamos com as consequências de nossas escolhas. Consequências estas que podem ser positivas ou negativas – tudo dependerá do que escolhermos.
Decidir sobre o que é certo exige que caminhemos por uma linha tênue entre o que é a vontade de Deus para nossas vidas e o que é a nossa vontade.
Permanecer vivendo a história que Deus escreveu para cada um de nós exige, muitas vezes, que abdiquemos de algo que amamos naquele momento, mas que já não faz mais parte dos planos de Deus para as nossas vidas.
Cito aqui, para uma melhor compreensão, exemplos comuns de casamentos falidos e completamente destruídos. Se voltarmos nestas histórias, veremos claramente que em algum momento da história destas duas pessoas que se uniram, de alguma forma, Deus tentou moldá-los e fazê-los entender que, às vezes, o outro fará parte somente de um trecho da jornada, e não da jornada inteira. Quando Deus nos mostra sinais como este, algo que parecia tão fácil como fazer uma escolha se torna uma difícil e doída tarefa.
Escolher desistir de algo ou de alguém que amamos muito dói. Contudo, insistir em algo que já não nos faz felizes, que nos causa dor e que tira o melhor de nós e que, muitas vezes, nos afasta do amor de Deus não vale a pena.
Disse e repito: Deus é um Deus de sinais. Para viver fielmente a história linda que Deus escreveu para cada um de nós, é necessário o discernimento, ao ponto de saber que quando deixamos algo ou alguém “partir” de nossas vidas – considerando que Deus vem nos mostrando que é justamente isto que deve ser feito – trocamos a angústia de um momento por uma vida inteira de paz.
Aprendi – a muito custo e partindo o meu próprio coração várias e várias vezes- que viver fielmente a história que Deus escreveu para a minha vida exigirá sempre que eu abdique da minha vontade, para conhecer e viver a vontade de Deus. Querer viver a história de Deus, é ter a certeza de que apesar do meu coração estar partido, Deus cuidará dele e me fará ainda mais feliz do que já fui ou do que sequer imaginei ser um dia.
Aprendi que viver a vontade de Deus e sua história para para mim é aceitar a dor momentânea de eu não tomar nenhuma decisão baseada em minha vontade, mas aceitar os sinais que Deus me manda – por mais duros que pareçam ser – com a certeza de que os sonhos de Deus são muito maiores que os meus e de que somente em sua vontade serei completamente feliz.
Que nunca nos esqueçamos do que G. A. Ferreira escreveu: “Um homem se torna grande, quando se rende a grandiosidade de Deus. Afinal, a grandeza do homem não está no que ele é capaz de fazer, mas no que ele é capaz de renunciar por um amor maior. O amor de Deus.”
Via Aleteia