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05/07/2019
Todos sabem que não existe como que uma ‘receita de bolo’ para a felicidade, porém podemos nos precaver de alguns erros. Quem foi que disse que as coisas têm que ser perfeitas para se ter a felicidade? Quem que nos enganou dizendo que os relacionamentos devem dar sempre certos e que todos os romances terminam bem? E quem falou que em nossa família tudo deve correr a mil maravilhas? E na prática religiosa, quem foi que disse que a busca de Deus nesta vida redundaria em felicidade automática? Estão contando inverdades para nós.
Muitos sabem disso pela vida adulta que bate à porta, quando o início da maturidade se faz necessário. Contudo (podendo ser nós mesmos) alguns pensam que a felicidade seria a paz total, a tranquilidade sem conflitos, um constante estado de alegria. Neste caso uma dose de conselho faz bem. Dicas que possa nós lançar na vida como ela é. As fantasias, os sonhos fazem parte dela. Só que eles precisam ser coerentes. Por vezes aprendemos aos poucos. Quando idealizamos alguma situação em demasia. Tudo bem! Não precisamos nos julgar se fazemos tal coisa. Faz parte do caminho de acertos e erros. Como a criança que levanta e cai, até aprender andar. Nós também precisamos passar por processo semelhante.
Encarar as realidades da vida se faz necessário para termos uma vida mais feliz. Tal estado de graça não quer dizer ausência de conflitos, sacrifícios e dores, pois a existência nos reserva sempre surpresas. A perca de alguém querido, a doença que bate à porta, um relacionamento frustrado, etc. são acontecimentos que nenhum de nós quer para si. Todavia nós seremos atingindo por eles. As vezes de forma mais amena, outros fortes e dolorosas.
Quantas vezes ouvimos pessoas dizerem: “Há, foi Deus que quis!” ou algo semelhante. Mas será que é isso mesmo? Não! Penso que não. Temos a liberdade. Somos seres livres. Podemos fazer escolhas erradas e nos machucar. Também vivemos dentro de limitações físicas, biológicas, psicológicas, etc. sofremos devido a essa condição finita.
Acontecimentos mais graves como doenças, acidentes, catástrofes, etc. dentro dessa existência, vão acontecer. Precisamos aprender a ser fortes em tudo isso. A consciência desse nosso estado criatural não é para nos desanimar ou para entregarmos os ‘pontos’, é para que nós possamos nos superar. Chorar quando e tempo de chorar, rir quando é tempo de rir.
Chorar por alguém que se foi é sinal do amor que tínhamos por aquela pessoa. Sorrir e brincar com amigos e familiares também são acenos desse mesmo amor. A felicidade talvez esteja relacionada a uma vida bem vivida. Intensamente assumida em todos as suas manifestações.
Por Frei Edson Matias, via Aleteia