Sexta-feira – 5ª Semana da Quaresma
26/03/2015Semana Santa – últimos dias da Quaresma
30/03/2015- Evangelho – (Mc 11,1-10)
- 1ª Leitura – (Is 50,4-7)
- Salmo – 21
- 2ª Leitura – ((Fl 2,6-11)
- Evangelho -(Mc 15,1-39)
Todos os anos, o Domingo de Ramos inicia o período conhecido por Semana Santa, em que revivemos os últimos momentos de Jesus, culminando em sua Paixão e Morte, na Sexta-feira. Apesar de haver este termo, “Semana Santa”, não há, porém, um tempo litúrgico com este nome.
Liturgia do Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos é o último Domingo da Quaresma, período que teve seu início com a missa das Cinzas, na quarta-feira, 18/02. Apesar de ser o último domingo deste tempo litúrgico, a Quaresma é terminada apenas na Quinta-feira Santa, na missa matutina dos Santos Óleos. Este domingo também é conhecido como o Domingo da Paixão, pois recordamos, em duas leituras de Evangelhos, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e sua Paixão.
Não é uma solenidade, mas seu grau de importância é um dos maiores do ano litúrgico, equiparável a todos os domingos do Advento, aos outros 5 Domingos da Quaresma e aos 6 Domingos do Tempo Pascal. Nossa participação nesta ocasião é fundamental, para adentrarmo-nos nos mistérios da Paixão e Morte de Jesus Cristo. Acima desta ocasião, encontram-se, a Vigília Pascal, o Natal do Senhor, a Ceia do Senhor, a Paixão e Morte de Jesus na Sexta-feira da Paixão, a Epifania, Ascensão e Pentecostes.
Diferente dos 4 domingos da Quaresma (1º,2º,3º e 5º) , quando a cor roxa é utilizada e, diferente do Domingo Laetare, quando a cor rósea é utilizada, nos Ramos a cor litúrgica é o vermelho, em razão da leitura do Evangelho da Paixão de Jesus. Ainda não se canta o Glória ou o Aleluia, seguindo as características da Quaresma. A equipe de organização da missa deve distribuir ramos de palmeiras aos participantes da missa, antes do início.
Nesta missa, aliás, são lidos dois evangelhos, duas leituras e um salmo. O início desta missa deve ocorrer em uma área externa à igreja. Dali, o celebrante conduz os ritos iniciais da missa e, logo após a saudação, é feita a leitura do 1º Evangelho, no qual recordamos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
Após a leitura e a benção dos Ramos, tem início a procissão dos ramos, até alcançar o interior da Igreja, de onde ocorrerá a missa normalmente, com toda a liturgia da palavra e o Evangelho da Paixão. Na oração eucarística, é lido o 2º Prefácio da Paixão, iniciando as liturgias da Semana Santa.
Ramos e Paixão
Refletimos o Evangelho da Paixão neste domingo, mas não antecipamos, de modo algum, o dia mais importante deste período: a Sexta-feira da Paixão. A razão pela qual há a leitura do Evangelho da Paixão é contrapor dois momentos muito distintos da população de Jerusalém, em relação a Jesus Cristo. No primeiro Evangelho, Jesus é aclamado como o Rei: “Hosana, o Filho de David!” No segundo, as mesmas pessoas, incitadas pelos chefes do templo, pedem a morte de Cristo na cruz.
Outra importância da leitura deste Evangelho nesta missa é a preparação para a mais importante celebração, desde que iniciamos a Quaresma: a Sexta-feira da Paixão. Deste modo, lemos o relato da Paixão de um dos 3 evangelistas sinópticos, mas a narrativa completa ocorrerá com o Evangelho de João, na Sexta-feira Santa.
Celebrações
As missas do Domingo de Ramos serão celebras no dia 28/03, sábado, às 17:00 e no dia 29/03, domingo, às 7:00 , 8:30 , 10:30 e 19:00, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Em todas as missas, haverá a procissão dos ramos. Na missa das 10:30, a procissão começará no pórtico do Colégio Liceu Salesiano, ao lado da Paróquia.
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- Evangelho – (Mc 11,1-10)
- 1ª Leitura – (Is 50,4-7)
- Salmo – 21
- 2ª Leitura – ((Fl 2,6-11)
- Evangelho -(Mc 15,1-39)
Evangelho
Naquele tempo, 1quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo: “Ide até o povoado que está em frente e, logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! 3Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor precisa dele, mas logo o mandará de volta’”.
4Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram.
5Alguns dos que estavam ali disseram: “O que estais fazendo, desamarrando esse jumentinho?”
6Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. 7Levaram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou.
8Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. 9Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!”
1ª Leitura
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás.
6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.
Salmo
— Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
— Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: / Ao Senhor se confiou, ele o liberte / E agora o salve, se é verdade que ele o ama!
— Cães numerosos me rodeiam furiosos / e por um bando de malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés / e eu posso contar todos os meus ossos.
— Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, nãofiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro!
— Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós, que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, / glorificai-o, descendentes de Jacó, / e respeitai-o, toda a raça de Israel!
2ª Leitura
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano,8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.
Evangelho
Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos:
1Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da Lei e todo o Sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos. 2E Pilatos o interrogou:
Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador 1: Jesus respondeu:
Pres.: “Tu o dizes”.
Narrador 1: 3E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus. 4Pilatos o interrogou novamente:
Leitor 1: “Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!”
Narrador 1: 5Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou admirado. 6Por ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem. 7Havia então um preso, chamado Barrabás, entre os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um assassinato. 8A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir que ele fizesse como era costume. 9Pilatos perguntou:
Leitor 1: “Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?”
Narrador 2: 10Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. 11Porém, os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás. 12Pilatos perguntou de novo:
Leitor 1: “Que quereis então que eu faça com o rei dos judeus?”
Narrador 2: 13Mas eles tornaram a gritar:
Ass.: Crucifica-o!
Narrador 2: 14Pilatos perguntou:
Leitor 1: “Mas, que mal ele fez?”
Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:
Ass.: Crucifica-o!
Narrador 2: 15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado. 16Então os soldados o levaram para dentro do palácio, isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. 17Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça.18E começaram a saudá-lo:
Ass.: “Salve, rei dos judeus!”
Narrador 1: 19Batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. 20Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, vestiram-no de novo com suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo.
Narrador 2: 21Os soldados obrigaram um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo, que voltava do campo, a carregar a cruz. 22Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer “Calvário”. 23Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o tomou. 24Então o crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte caberia a cada um.
Narrador 1: 25Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. 26E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: “O Rei dos Judeus”. 27Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.(28) 29Os que por ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
Ass.: “Ah! Tu, que destróis o Templo e o reconstróis em três dias, 30salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!”
Narrador 1: 31Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres da Lei, zombavam entre si, dizendo:
Ass.: “A outros salvou, a si mesmo não pode salvar!” 32O Messias, o rei de Israel… que desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!”
Narrador 2: Os que foram crucificados com ele também o insultavam. 33Quando chegou o meio-dia, houve escuridão sobre toda a terra, até as três horas da tarde. 34Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte:
Pres.: “Eloi, Eloi, lamá sabactâni?”
Narrador 2: Que quer dizer:
Pres.: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
Narrador 2: 35Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram:
Ass.: “Vejam, ele está chamando Elias!”
Narrador 2: 36Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo:
Ass.: “Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz”.
Narrador 1: 37Então Jesus deu um forte grito e expirou. (Aqui todos se ajoelham e faz-se um instante de silêncio..) 38Nesse momento, a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. 39Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse:
Ass.: “Na verdade, este homem era o Filho de Deus!”