Decreto concede indulgências no Ano Jubilar de Dom Bosco
19/08/2014Integrantes da paróquia marcam presença no IV Congresso Nacional da ADMA
07/09/2014No primeiro texto desta seção, disse que ela se chamará “Espaço Valdocco” porque é para este lugar, onde a obra salesiana nasceu, que iremos nos voltar para buscar os principais valores e crenças de nosso carisma e de nossa espiritualidade.Entretanto, sabemos que a história é construída por processos… Nada surge do acaso! Também a entrega total de Dom Bosco pela juventude nasceu de um amadurecimento crescente de que Deus o chamava para esta missão.Exatamente por isso, sugiro que comecemos essa viagem a Valdocco partindo de seus antecedentes: ou seja, dos passos que o nosso santo fundador trilhou antes de iniciar oficialmente e conscientemente a sua obra.O pai de Dom Bosco se chamava Francisco Luís. Nascido em 1784, Francisco se mudou para a Fazenda Biglione, na cidade de Morialdo, em 1793, por causa de grandes dificuldades econômicas que enfrentava. Morialdo localizava-se em Castelnuovo d’Asti (que a partir de 1930, em homenagem ao ilustre filho da terra, passou a se chamar Castelnuovo Don Bosco). Castelnuovo está localizada no norte da Itália, próximo à cidade de Turim (que na época, era a capital do Piemonte).
Ali ele se casou com Margarida Cagliero (04/02/1805) e teve dois filhos: Antonio José (02/02/1808) e Teresa Maria (16/02/1810, morta dois dias depois de nascer).
Em 1811, Francisco tornou-se viúvo, mas se casou, no ano seguinte, com Margarida Occhiena (a nossa Mamãe Margarida) em 6 de junho de 1812. Com ela, Francisco Luís tem outros dois filhos: José Luís (17/04/1813) e João Bosco, nascido em 16 de agosto de 1815.
A família de Dom Bosco era uma família de camponeses. Trabalhavam e moravam na Fazenda Biglione, que era administrada pelo sr. Jacinto Alberto Biglione, que como os donos da propriedade, morava em Turim e em Chieri. Ali a família Bosco permaneceu por 24 anos. A casa onde moravam, anexa à casa dos proprietários, era localizada exatamente onde hoje está construído o Templo de Dom Bosco, na comunidade do Colle Dom Bosco, em Turim.
As relações de Francisco Luís com os proprietários da Fazenda Biglione se desgastaram entre 1816 e 1817. Ele foi culpado por perder algumas colheitas e por não entregar os produtos pontualmente, como o combinado. O pai de Dom Bosco se defendia alegando que a seca era a culpada da má temporada.
A situação tornava-se ainda mais complicada pelo fato contrato das terras vencer em novembro daquele ano. Certamente, por conta deste conflito, os patrões de Francisco Luís não iriam renová-lo.
Pensando nisso, em 17 de fevereiro de 1817, o pai de Dom Bosco resolveu comprar um galpão em local onde já havia um pequeno grupo de casas, bem próximo da Fazenda Biglione, chamado Becchi. Ali ele poderia poderia colocar seus animais, seu material de trabalho e, na pior das hipóteses, morar com a sua família depois de melhorar um pouco a casa.
No entanto, uma fatalidade estava por vir para mudar os caminhos desta família e para marcar profundamente a vida de Dom Bosco.
Joãozinho Bosco tinha dois anos. Em um dia normal de trabalho, Francisco Luís imprudentemente entrou, ensopado de suor, na adega – fria e subterrânea da casa. O resfriado apareceu à noite e logo uma violenta febre que sucedeu uma forte pneumonia. Faleceu em 12 de maio de 1817, aos 34 anos.
O pequeno João Bosco, sem entender direito o que estava acontecendo, não queria sair de nenhum modo do quarto onde estava o seu falecido pai. Fica gravada em sua memória, a frase de Mamãe Margarida: “Pobre filho, vem comigo, já não tens pai”.
Em suas memórias, Dom Bosco escreve que naquela idade “não podia evidentemente compreender a grande desgraça que é a perda de um pai”. Mas afirmou que este foi o primeiro fato de sua vida que guardou na sua mente.
Na semana que vem, vamos contar as duras consequências deste triste fato na vida da família Bosco e a grandiosidade da jovem Mamãe Margarida em assumir o papel de seu falecido marido na direção de sua casa.
TEXTO: Pe. Glauco Félix Teixeira Landim, SDB
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ADAPTAÇÃO E LOCUÇÃO: Domingos Sávio