Festa do Batismo de Jesus
09/01/2015Espaço Valdocco 20 – Um amigo para toda a vida.
13/01/2015
A cidade de Castelnuovo d’Asti, onde Joãozinho aos seus quinze anos estudava, ficava a cerca de dois quilômetros e meio da sua casa, nos Becchi e a uns vinte quilômetros de Turim, a capital do reino do Piemonte. Na época de escola de João, a população de Castelnuovo beirava a 3.000 pessoas.Mamãe Margarida visitava João semanalmente. Levava alguns pães e via como seu filho estava se saindo. Tinha uma compreensível preocupação que ele se deixasse influenciar por más companhias. E era um temor autêntico, já que o próprio Dom Bosco depois contou, nas “Memórias do Oratório de São Francisco de Sales”, ter precisado ser esperto para não cair nos caminhos do mal:“Nesse ano corri algum perigo por parte certos colegas. Queriam induzir-me a jogar durante o tempo das aulas. Como desculpa, disse que não tinha dinheiro e então sugeriram-me a maneira de arranjá-lo, roubando-o ao meu patrão ou à minha mãe.”
A um destes colegas, João Bosco respondeu:
– Não chego a compreender o que queres dizer, todavia tuas palavras parece-me que aconselhas a jogar e a roubar. Não dizes todos os dias nas orações: sétimo mandamento, não furtar? Depois, quem rouba é ladrão, e os ladrões acabam mal.
João se refere a estas orações porque em sua época, fazia parte das atividades da escola. A primeira meia hora da manhã sempre era dedicada ao ensino do catecismo, assim como as aulas do sábado à tarde. Favorecia-se a participação dos alunos na missa todos os dias e de se aproximarem do sacramento da reconciliação ao menos uma vez por mês.
Esta resposta de João aos seus maus colegas acabou tendo uma certa repercussão na escola, chegando até mesmo aos ouvidos dos professores, que passaram a admirar ainda mais aquele menino. Também alguns pais de meninos ricos ficaram sabendo do fato e passaram a aconselhar seus filhos a andarem junto com João. Tinha assim a oportunidade de conquistar a mesma popularidade que possuía entre os seus amigos de Murialdo.
Entretanto, mais uma situação viria para acabar com a tranquilidade de João. Seu estimado professor, Pe. Virano, foi nomeado pároco de Mondônio, deixando a escola de Castelnuovo sob a direção do Pe. Nicola Moglia. Possuía 75 anos, era conhecido pela sua piedade e caridade, mas não conseguiu controlar os seus alunos. Não tinha equilíbrio na disciplina: era excessivamente rígido em um dia e permissivo nos outros dias da semana. Implicava com os maiores, a quem sempre colocava a culpa das bagunças em sala de aula. E parecia ter uma especial antipatia pelo nosso ‘vaqueiro dos Becchi’, o mais alto da sala. Dizia para João:
– O que você vai entender do latim? Nos Becchi só dá burro, e dos grandes!
Os colegas que tinham até começado a respeitar mais a João, pela sua postura e pela sua amizade com o Pe. Virano, caíram de novo sobre ele. Foram dias amargos! Tanto assim que, em suas “Memórias”, Dom Bosco sequer cita o nome deste professor, muito provavelmente em respeito à sua memória. Apenas diz que “incapaz de manter disciplina, quase deitou a perder tudo quanto havia aprendido nos meses anteriores”.
Ter conhecido e convivido com padres espetaculares como o Pe. Calosso e o Pe. Virano fazia com que João não conseguisse entender a atitude de distância que os outros padres mantinham com ele.
Por outro lado, João havia encontrado um outro grande benfeitor: o senhor João Roberto, o mesmo que lhe cedia um espaço em sua casa para dormir. O jovem Bosco aprendeu muitas coisas com ele. Em primeiro lugar a música, já que o senhor Roberto era o regente do coral da paróquia. João começou a participar deste coral e a aprender as primeiras notas em um órgão.
Mas por profissão, João Roberto era alfaiate. E por isso, João constantemente sentava-se ao seu lado para aprender a pregar botões, fazer bainhas, costurar lenços, cortar coletes. Aprendeu tão bem que o senhor Roberto até mesmo a lhe propor largar a escola e ficar como seu ajudante na alfaiataria.
Mal sabia Joãozinho Bosco que, no futuro, todas estas coisas que aprendia com o senhor João Roberto seriam tão úteis quanto o latim na sua missão como padre.
A um destes colegas, João Bosco respondeu:
– Não chego a compreender o que queres dizer, todavia tuas palavras parece-me que aconselhas a jogar e a roubar. Não dizes todos os dias nas orações: sétimo mandamento, não furtar? Depois, quem rouba é ladrão, e os ladrões acabam mal.
João se refere a estas orações porque em sua época, fazia parte das atividades da escola. A primeira meia hora da manhã sempre era dedicada ao ensino do catecismo, assim como as aulas do sábado à tarde. Favorecia-se a participação dos alunos na missa todos os dias e de se aproximarem do sacramento da reconciliação ao menos uma vez por mês.
Esta resposta de João aos seus maus colegas acabou tendo uma certa repercussão na escola, chegando até mesmo aos ouvidos dos professores, que passaram a admirar ainda mais aquele menino. Também alguns pais de meninos ricos ficaram sabendo do fato e passaram a aconselhar seus filhos a andarem junto com João. Tinha assim a oportunidade de conquistar a mesma popularidade que possuía entre os seus amigos de Murialdo.
Entretanto, mais uma situação viria para acabar com a tranquilidade de João. Seu estimado professor, Pe. Virano, foi nomeado pároco de Mondônio, deixando a escola de Castelnuovo sob a direção do Pe. Nicola Moglia. Possuía 75 anos, era conhecido pela sua piedade e caridade, mas não conseguiu controlar os seus alunos. Não tinha equilíbrio na disciplina: era excessivamente rígido em um dia e permissivo nos outros dias da semana. Implicava com os maiores, a quem sempre colocava a culpa das bagunças em sala de aula. E parecia ter uma especial antipatia pelo nosso ‘vaqueiro dos Becchi’, o mais alto da sala. Dizia para João:
– O que você vai entender do latim? Nos Becchi só dá burro, e dos grandes!
Os colegas que tinham até começado a respeitar mais a João, pela sua postura e pela sua amizade com o Pe. Virano, caíram de novo sobre ele. Foram dias amargos! Tanto assim que, em suas “Memórias”, Dom Bosco sequer cita o nome deste professor, muito provavelmente em respeito à sua memória. Apenas diz que “incapaz de manter disciplina, quase deitou a perder tudo quanto havia aprendido nos meses anteriores”.
Ter conhecido e convivido com padres espetaculares como o Pe. Calosso e o Pe. Virano fazia com que João não conseguisse entender a atitude de distância que os outros padres mantinham com ele.
Por outro lado, João havia encontrado um outro grande benfeitor: o senhor João Roberto, o mesmo que lhe cedia um espaço em sua casa para dormir. O jovem Bosco aprendeu muitas coisas com ele. Em primeiro lugar a música, já que o senhor Roberto era o regente do coral da paróquia. João começou a participar deste coral e a aprender as primeiras notas em um órgão.
Mas por profissão, João Roberto era alfaiate. E por isso, João constantemente sentava-se ao seu lado para aprender a pregar botões, fazer bainhas, costurar lenços, cortar coletes. Aprendeu tão bem que o senhor Roberto até mesmo a lhe propor largar a escola e ficar como seu ajudante na alfaiataria.
Mal sabia Joãozinho Bosco que, no futuro, todas estas coisas que aprendia com o senhor João Roberto seriam tão úteis quanto o latim na sua missão como padre.
TEXTO: Pe. Glauco Félix Teixeira Landim, SDB
e-mail: [email protected] – Facebook: www.facebook.com/glaucosdb
ADAPTAÇÃO E LOCUÇÃO: Domingos Sávio
e-mail: [email protected] – Facebook: www.facebook.com/glaucosdb
ADAPTAÇÃO E LOCUÇÃO: Domingos Sávio