Espaço Valdocco 28 – A Sociedade da Alegria: uma maneira de evangelizar os colegas.
26/03/2015Espaço Valdocco 30 – João Bosco, filho de Maria Santíssima e testemunho de santidade para os seus colegas.
26/03/2015Entre as pessoas que passaram a fazer parte da Sociedade da Alegria, fundada por João Bosco para ajudar e reunir os seus colegas de escola, encontramos algumas realmente exemplares.
Dom Bosco, nas “Memórias do Oratório de São Francisco de Sales” nomeia dois deles: Guilherme Garigliano e Paulo Braia. Diz que estes dois amigos participavam com alegria das brincadeiras, mas que sempre colocavam os deveres escolares em primeiro lugar. Que gostavam do recolhimento e da oração e que sempre lhe davam bons conselhos.
As reuniões da Sociedade da Alegria aconteciam nas casas dos membros do grupo. Não era um dever participar destas reuniões, a participação era livre. Guilherme e Paulo, porém, sempre foram os mais assíduos. Nestas reuniões, além de algumas amenas recreações, rezavam, liam juntos textos de espiritualidade e trocavam bons conselhos, alertando uns aos outros sobre algum defeito que houve notado ou ouvido falar de outros.
João não deixava passar a oportunidade de ajudar os membros da Sociedade de Alegria a crescerem na fé. Animava-os a participarem das celebrações litúrgicas nos dias de festa. Com o seu jeito alegre de ser, conseguia atrair nestes dias para a igreja até aqueles que ainda não faziam parte do grupo. Aos domingos, depois da missa – e também nos dias de descanso – para livrar os seus amigos do ócio e das más companhias, preparava jogos e brincadeiras para entretê-los no restante do dia.
Também gostava de organizar passeios, não poucas vezes fora da cidade. Terminavam sempre com uma visita a uma paróquia ou santuário, onde entravam para fazer uma oração diante do Santíssimo Sacramento e saudar Nossa Senhora. Caminhavam por aquelas lindas colinas que circundam Chieri gritando, cantando e com alegria de sobra. Chegavam em casa já bem tarde esgotados de cansaço, suados, alegres e com uma fome de leão.
É sempre interessante lembrar que as práticas religiosas não eram algo estranho ao cotidiano desses meninos. Pelo contrário, fazia parte do processo educativo da escola. Lembremos que a lei da época previa, por exemplo, a destituição imediata de qualquer professor que dissesse alguma palavra indecorosa. Havia missa todos os dias pela manhã, oração à Virgem Maria antes do início da aula e festividades nos dias santos. À tarde todos tinham o catecismo e mais um momento de oração. Todos deviam receber os sacramentos. A confissão era controlada pela escola para ser mensal. Quem não cumpria esse dever era reprovado nos exames.
Estamos falando, portanto, de um contexto histórico muito diferente do atual. Precisamos compreendê-lo para saber de onde João Bosco parte para realizar o apostolado com os seus amigos que, não se contentavam com todas estas práticas religiosas na escola, mas – atraídos pela simpatia de seu amigo Bosco – sentiam vontade de buscar mais momentos para agradecerem a Deus, sempre com muita alegria e espontaneidade.
João também não esqueceu seus antigos amigos de Murialdo. Sempre que podia, normalmente às quintas-feiras, ia visitá-los. Fundou com eles também a Sociedade da Alegria, admitindo aqueles que durante o ano haviam se portado bem e dispensando aqueles que não tiveram bom comportamento.
TEXTO: Pe. Glauco Félix Teixeira Landim, SDB
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ADAPTAÇÃO E LOCUÇÃO: Domingos Sávio