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13/11/2015Não obstante a ordem, a disciplina e a tranquilidade do Oratório de Dom Bosco, o marquês Cavour, vigário da cidade, pretendia o fim das reuniões com os meninos que ele julgava perigosas. Quando soube que Dom Bosco agora tinha o seu Oratório em Valdocco, com o consentimento do arcebispo, o marquês reuniu o tribunal de ordem pública para uma conferência.
O tribunal era formado por uma seleção de conselheiros, em cujas mãos concentrava-se todo o poder civil. O presidente do tribunal, chamado chefe da ordem pública, tinha mais poder que o próprio prefeito. Durante a reunião do tribunal chegou-se à conclusão de que se devia absolutamente impedir e dispersar aquelas aglomerações de Dom Bosco com seus meninos porque comprometiam a tranquilidade pública.
Quando soube que o tribunal de ordem pública ameaçava proibir as reuniões de Dom Bosco, o conde Collegno, que havia assistido em silêncio a toda aquela viva discussão, levantou-se, pediu a palavra e comunicou a pro teção que o rei queria dispensar à instituição de Dom Bosco.
Ante essas palavras todo o tribunal silenciou-se. Porém o marquês Cavour mandou chamar Dom Bosco e, num tom ameaçador, disse-lhe: Não quero o mal de ninguém. O senhor trabalha com boa intenção, mas o que faz apresenta muitos perigos, e como sou obrigado a velar pela ordem pública, mandarei vigiá-lo, ao senhor e suas reuniões. A menor coisa que o possa comprometer, farei imediatamente expulsar seus moleques e o senhor me dará conta de quanto acontecer.
Por conta disso, o marquês mandou, em todos os domingos, alguns guardas municipais passar o dia inteiro com Dom Bosco e seu Oratório, vigiando sobretudo o que se dizia ou fazia na igreja ou fora dela. E em todos os relatórios apresentados pelos guardas ao marquês, nada havia que incriminasse Dom Bosco e a sua instituição.
Após alguns meses o marquês Cavour faleceu. Depois dele já não houve ninguém na prefeitura que incomodasse Dom Bosco e sua obra; ao contrário, todas as vezes que se apresentou ocasião, a prefeitura de Turim sempre favoreceu o Oratório.
ADAPTAÇÃO E LOCUÇÃO: Domingos Sávio