Bispos manifestam preocupação com soberania do país
27/06/2018O Papa e critérios da reforma: tradição, atualização e coordenação
28/06/2018
Muitas pessoas marcam a história porque deixam legados importantes para o futuro. Assim aconteceu com os apóstolos Pedro e Paulo. Cada um participou de momento envolvente no seu tempo, culminando com a definitiva doação de vida. O alvo que ambos perseguiam, e morreram por ele, foi o seguimento de Jesus Cristo num contexto de fé comprometida com a causa do Reino de Deus.
Pedro e Paulo viveram momentos de perseguição, de prisão, de julgamento e de morte. Pedro morre pregado na cruz de cabeça para baixo. Paulo teve o mesmo fim após ser decapitado. Tiveram que enfrentar, com coragem e com determinação, o autoritarismo inconsequente dos Imperadores Romanos e derramaram o sangue por defender a fé e o Evangelho de Jesus Cristo.
A trajetória de vida de Pedro sugere pensar numa pessoa de pulso forte, de solidez nos compromissos que exercia. Certamente era um pescador honesto e transparecia homem de confiança. Por isso, no dizer do Evangelho, Jesus chama-o de pedra, dizendo: “Sobre ti construirei a minha Igreja” (Mt 16,18). Precisamos de homens desse quilate no Brasil para fazê-lo caminhar melhor.
O importante na vida de Pedro, e de Paulo, é a fidelidade à missão assumida. Em nossas escolhas, temos que apontar pessoas que tenham qualidades e virtudes necessárias para fazer o bem e dar sustentação na construção de um Brasil mais promissor. Isso pode acontecer nas próximas eleições, porque teremos que escolher, e escolher bem, quem apresenta qualidades e objetivos claros.
O apóstolo Paulo era homem trabalhador, grande construtor de tendas, porque não queria viver à custa das pessoas. Com isto mostrava a importância do trabalho, porque isso fortalecia a sua missão de evangelizar. Na construção da sociedade há necessidade de pessoas trabalhadoras, que não sejam exploradoras, mas colocam a mão na massa e fazem o país progredir.
Diante da realidade brasileira, das dissonâncias dos últimos tempos, temos muito que fazer. O caminho é longo, mas só trará resultados positivos se a direção for comandada por lideranças comprometidas com o bem comum. Infelizmente assistimos atos de exploração, de desonestidade e desvios públicos. Dessa forma seremos um país que não sai da zona de subdesenvolvido.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba (MG)