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02/12/2019A iniciação na Fé dos filhos não é feita somente pelos pais. Outros membros da família (avós, tios, tias, primos…) são também chamados a participar nesta importante missão
Mesmo que o papel dos pais na educação da Fé dos seus filhos seja essencial e insubstituível, não devemos negligenciar o lugar ocupado por outros membros, mais ou menos próximos, da família. A sua missão é complementar à dos pais. Para que a criança cresça e se desenvolva em paz e harmonia, é importante que ela seja capaz de ver avós, tios, tias e outros membros da família, rezar, participar da missa e se comportar como cristã. Em certos momentos, a criança será mais sensível aos esses exemplos do que aos dos seus pais.
Aconselhar, respeitando a escolha dos pais
Quando a criança chega à casa de seus avós nas férias, por exemplo, eles perguntam sobre seus hábitos e necessidades em termos de alimentação, sono, etc. É essencial que o façam também em relação à sua vida de oração. Como em outras áreas, as férias fora de casa devem proporcionar à criança a estabilidade e a permanência necessárias para um desenvolvimento sereno e harmonioso, permitindo que ela se abra a outras formas de ver, fazer e ser diferentes daquelas com que habitualmente se depara. O que é verdade para assuntos materiais, tais como comida, é ainda mais verdade para a educação da fé.
Além disso, os membros da família podem se ajudar muito na educação de seus filhos sobre a Fé: troca de idéias, conselhos, ou simplesmente um exemplo silencioso que reavivará a confiança, os fará querer fazer mais e melhor, demonstrando sem falar que ajudar os filhos a caminhar para o Senhor é uma graça oferecida a todos os pais. Às vezes, a educação para a fé é um assunto que nem sempre é facilmente abordado na família, mesmo quando se sente a necessidade de conselho ou encorajamento. É verdade que esta é uma questão tão importante e profunda que não pode ser discutida a qualquer momento e de qualquer maneira.
Liderar pelo exemplo
É importante manter um clima de confiança em que todos saibam que são bem-vindos e amados como são, sem julgamento ou crítica. Um clima de discrição também onde se pode falar sem medo de ouvir os seus comentários repetidos a todos, não por gosto pelo secretismo, mas por respeito pelo que não pode ser revelado a todos. A ajuda dos avós (entre outros) pode ser particularmente útil nos momentos mais importantes da vida cristã da criança: baptismo, primeira comunhão, etc.
Eles podem contribuir muito, através da sua atitude, para manter o fervor da criança, para a fomentar, dando realmente prioridade ao aspecto religioso da celebração e não às legítimas festividades familiares que a acompanham. Não é necessário ser ofendido, por exemplo, por não ser convidado à profissão de fé de uma sobrinha a quem os pais querem oferecer a calma de uma certa intimidade. É necessário chegar a tempo à Missa da Primeira Comunhão para que a criança possa ver que os seus familiares consideram isto muito seriamente. Também é importante ajudar a criança a permanecer focada no essencial, não oferecendo um presente qualquer.
Pense em presentes (mas não em qualquer presente)
Os presentes são outra forma de colaborar na educação da Fé, e não só por ocasião de eventos religiosos. Não se trata unicamente de livros religiosos e artigos de piedade no Natal, aniversários… teria certamente o efeito exactamente oposto! O importante é se preocupar sempre em colaborar na educação cristã da criança. Não somos cristãos sómente quando oramos e vamos à missa. Somos cristãos em todos os lugares e sempre.
Uma criança deve ser capaz de crescer na vida cristã quando toca, lê ou ouve música. Há brinquedos e livros que vão na direção de uma educação cristã e outros na direção oposta. Claro que também depende de como é usado. Ademais, sem exagerar, não é proibido oferecer um presente religioso, como um livro muito bem ilustrado que lhe permite discutir com as crianças todo tipo de questões essenciais. Felizes as crianças que podem contar com seus avós, tios e tias para que possam caminhar em direção a Deus. Felizes são aqueles que também são felizes se tiverem padrinhos verdadeiros e se beneficiarem do exemplo e do apoio de seus irmãos e irmãs.
Christine Ponsard