4º Domingo do Advento
19/12/2014Festa de Santo Estevão – Oitavas de Natal
26/12/2014
Ó Redentor do mundo,
do eterno Pai gerado
já antes do universo,
qual Filho bem-amado.
Do Pai luz e esplendor,
nossa esperança eterna,
ouvi dos vossos servos
a prece humilde e terna.
Lembrai, autor da vida,
nascido de Maria,
que nossa forma humana
tomastes, neste dia.
A glória deste dia
atesta um fato novo,
que vós, do Pai descendo,
salvastes vosso povo.
Saúdam vossa vinda
o céu, a terra, o mar,
e todo ser que vive
entoa o seu cantar.
E nós, por vosso sangue
remidos como povo,
vos celebramos hoje,
cantando um canto novo.
A glória a vós, Jesus,
nascido de Maria
com vosso Pai e o Espírito
louvores cada dia.
Hino da Liturgia das Horas (Vésperas – Natal)
“Em nossas comunidades, paróquia, família, grupos de amigos e ambientes de trabalhos, acolhamos Jesus. O Filho de Deus que se fez um de nós! Acolhemo-nos mutualmente! É Natal! A Festa da Fraternidade divino-humana! Feliz Natal e Boas Festas de Ano Novo!”
P. Ademar, Salesianos e Comunidade da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora
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Noite de Natal – “Eu vos trago a Boa Nova de uma grande alegria. É que hoje vos nasceu o Salvador, Cristo Jesus.”
- 1ª Leitura – (Is 9,1-6)
- Salmo – Salmo 95
- 2ª Leitura – (Tt 2,11-14)
- Evangelho – (Lc 2,1-14)
Nesta noite Santa (24/12), a Igreja celebra, solenemente, o mistério de nossa Salvação. Jesus Cristo se faz um de nós, como prometido por Deus, através de tantos profetas. Na primeira leitura, Isaías, o profeta que mais escreveu sobre a visita de Deus, sintetiza completamente o que significa comemorar esta noite: “O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.”
De fato, o Natal é Eucaristia da Luz. Por isso mesmo, nesta noite solene, a Igreja promove o rito do Lucernário, um rito muito antigo dentro da igreja, em que a assembleia carrega velas que serão acesas, logo no início da missa.
Antes da procissão de entrada, deve ser entoado o canto solene das Kalendas de Natal, que faz o anúncio deste dia. Desde o início, a Igreja permanece com as luzes apagadas. Após o anúncio do Natal, ocorre a procissão de entrada, ainda sob a escuridão. Um dos celebrantes deve realizar a incensação do altar, assim que chegarem a ele.
Relembrando a Noite da Santa Páscoa, a Vigília Pascal, o Círio Pascal, que permanece apagado sobre o altar, será aceso solenemente e o Padre ou o Diácono entoará o canto da Proclamação do Natal, com ênfase na celebração do Lucenário. O canto de Proclamação deve substituir o Ato Penitencial. Enquanto isso, a luz de Cristo nascido será espalhada por toda a assembleia, e cada um dos participantes da missa acende sua própria vela.
De fato, a luz natalina é a luz pascal, o Cristo, Deus encarnado, é o mesmo que ressuscitou dentre os mortos. Por isso existe a conexão entre o Natal e a Páscoa, nossas duas maiores solenidades. Após a Vigília Pascal, o Natal é a maior de todas as solenidades do ano.
Terminada a celebração do Lucenário, o presidente da celebração entoa o solene “Gloria in Excelsis Deo”, e o coro cantará, de modo muito vibrante, o canto do Hino de Louvor. Este canto permaneceu omitido durante o Advento e, agora, no Natal, voltará mais vivo do que nunca.
Outro momento de grande alegria é a entoação do Aleluia! antes do Evangelho. O restante do rito eucarístico é o usual para todas as missas do ano.
Os paramentos litúrgicos para esta missa são da cor dourada, que simboliza uma solenidade muito importante. A cor dourada é a substituição da cor branca nas solenidades do Natal e da Páscoa. O Prefácio eucarístico é o prefácio do Natal, que será usado na primeira parte de todo o Tempo do Natal, o qual terá início com esta missa.
Antigamente, a missa da Noite de Natal era chamada Missa do Galo, em alusão ao horário em que era celebrada. Esta missa deve ter seu início, no máximo, até às 0:00 do dia 25/12. Também é recomendável que seja celebrada a partir do anoitecer do dia 24/12.
Destaques do Repertório Musical – Coro Nossa Senhora Auxiliadora
*Glória ao Senhor [4 vozes ] (Reginaldo Veloso)
*Anúncio do Natal [solo] (adaptação do Canto Gregoriano)
*Hino de Louvor [4 vozes] (tradicional)
*Festival Alleluia [5 vozes, solo] (James Chepponis)
*Adeste Fidelis [4 vozes] (tradicional)
*Cordeiro de Deus [2 vozes] (Dom Bruno Gamberini)
*No Princípio, antes da criação do Universo [4 vozes , solo] (Antonio Cartageno)
A missa da Noite de Natal (24/12) será celebrada às 20:00, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
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Dia de Natal – “O Verbo se fez carne e habitou entre nós.”
- 1ª Leitura – (Is 52,7-10)
- Salmo – Salmo 97
- 2ª Leitura – (Hb 1,1-6)
- Evangelho – (Jo 1,1-18)
As missas do dia 25/12 são muito solenes também, mas trazem uma liturgia diferente da liturgia da noite. De fato, existem 3 missas para o Natal, previstas no Missal Romano. A missa da Noite, a mais solene de todas, a missa do Dia e a Missa da Aurora. Esta última não costuma ser mais celebrada, pois deve ocorrer antes das primeiras horas do sol nascer. Optou-se por celebrar as missas da Noite e do Dia apenas.
Não há toda a solenidade presente na missa da Noite, mas a liturgia também possui muita importância. Nela, o Evangelho destaca a teologia de São João acerca do Verbo de Deus encarnado. De fato, a narrativa lida é a narrativa do início do Evangelho de São João, a qual possui uma estrutura poética semelhante ao Gênesis. Justamente por demonstrar que o início de toda a criação é análogo ao início de nossa fé cristã: a Encarnação de Deus como homem. A primeira leitura também é retirada do livro de Isaías, em que ele escreve: “Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz”.
Nesta missa, também ocorre a incensação do altar e o Círio Pascal permanece aceso no altar, a diferença é que o Círio já será aceso antes da procissão de entrada, pois o ritual do lucenário é realizado uma vez, apenas no início do Tempo do Natal. A cor litúrgica é o dourado, como na missa da noite anterior.
As missas do Dia de Natal (25/12) serão celebradas às 8:30, 10:30 e 19:00, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
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Tempo do Natal
O Tempo do Natal tem início com a Noite de Natal e termina com a Festa do Batismo de Jesus. O Natal, propriamente dito, é composto pelas seguintes liturgias: Noite de Natal, a mais solene ; Aurora de Natal, celebrada antes do nascer do sol do dia 25/12; Dia de Natal.
O Natal sempre se inicia na noite do dia 24/12 e é encerrado no domingo da Festa do Batismo de Jesus. O número de dias do Tempo do Natal varia anualmente, em função do dia da semana em que ocorrer o dia 25/12, do ano em que se inicia o Tempo do Natal e o ano litúrgico. Sempre haverá a celebração de 3 domingos após o dia 25/12, mesmo que o Natal ocorra em um domingo, sendo que o 2º Domingo após o Natal é a Epifania do Senhor.
Este tempo é composto por:
* NATAL DO SENHOR (Noite de Natal, Aurora de Natal e Dia de Natal) – início do Tempo do Natal
* EPIFANIA do Senhor (2º domingo após o Natal)
* Solenidade de Theotokos (solenidade celebrada no dia 01/01 e na noite do dia 31/12)
* Festa do Batismo de Jesus (3º domingo após o Natal)
* Festa da Sagrada Família (domingo após o Natal, quando não ocorrer em um domingo – se ocorrer, é celebrada na segunda-feira das Oitavas de Natal)
*Oitavas de Natal (missas que ocorrem após o Natal, até a Solenidade de Theotokos (inclusive))
*Férias do Natal (missas que ocorrem entre a Solenidade de Theotokos e a Festa do Batismo de Jesus, excluindo-se a Epifania)
A Noite de Natal possui a segunda maior precedência do ano litúrgico, atrás apenas da Vigília Pascal. A Solenidade da Epifania também precede qualquer ocasião do ano litúrgico, exceto: Vigília Pascal, Natal do Senhor, Ceia do Senhor e Paixão do Senhor. A Solenidade de Theotokos é uma das grandes solenidades marianas da liturgia, com equivalência à Assunção de Nossa Senhora e Imaculada Conceição. As Festas da Sagrada Família e do Batismo precedem os domingos do Tempo Comum e equivalem a outras festas do calendário litúrgico (Exaltação da Santa Cruz, Dedicação da Basílica de Latrão, Apresentação do Senhor e Transfiguração do Senhor). As Oitavas de Natal são dias festivos, sendo que ocorrem algumas festas dos santos dentro destes dias. As Férias do Natal são de grau comum.
Durante todo este tempo, a cor litúrgica é o branco, com sua variante dourada (Natal do Senhor). Exceto nas festas e memórias dos mártires, as quais podem ocorrer durante as Oitavas e Férias do Natal (Santo Estêvão e Santos Inocentes).
O Aleluia é cantado normalmente, com especial felicidade no Natal e na Epifania. O Hino de Louvor é entoado em todas as ocasiões, exceto durante as férias do Natal. O Prefácio eucarístico do Natal é utilizado até antes da Epifania, exceto na Solenidade de Theootokos e na Festa da Sagrada Família. A partir da Epifania até o Batismo, é utilizado o prefácio Eucarístico da Epifania. Na Festa do Batismo, pode-se utilizar o prefácio próprio.
O Tempo do Natal inicia-se na noite do dia 24/12 e, neste ano, termina no dia 11/01, com a Festa do Batismo de Jesus.
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Confiram as próximas postagens sobre as comemorações do Tempo do Natal.
Aos leitores e amigos, um Abençoado Natal!
Que Deus esteja presente nos lares e corações de todos!
Amém!
Cantinho da Liturgia
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MISSA DA NOITE
- 1ª Leitura – (Is 9,1-6)
- Salmo – Salmo 95
- 2ª Leitura – (Tt 2,11-14)
- Evangelho – (Lc 2,1-14)
1ª Leitura
1O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.
2Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença, como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3Pois o jugo que oprimia o povo — a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais — tu os abateste como na jornada de Madiã.
4Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas.
5Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz.
6Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar essas coisas.
Salmo
— Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor!
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!/ Cantai e bendizei seu santo nome!
— Dia após dia anunciai sua salvação,/ manifestai a sua glória entre as nações,/ e entre os povos do universo seus prodígios!
— O céu se rejubile e exulte a terra,/ aplauda o mar com o que vive em suas águas;/ os campos com seus frutos rejubilem/ e exultem as florestas e as matas.
— Na presença do Senhor, pois ele vem,/ porque vem para julgar a terra inteira./ Governará o mundo com justiça,/ e os povos julgará com lealdade.
2ª Leitura
Caríssimo: 11A graça de Deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens. 12Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade,13aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.
14Ele se entregou por nós, para nos resgatar de toda maldade e purificar para si um povo que lhe pertença e que se dedique a praticar o bem.
Evangelho
1Aconteceu que, naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento de toda a terra.
2Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria.
3Todos iam registrar-se cada um na sua cidade natal. 4Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, 5para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
6Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, 7e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria.
8Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho. 9Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. 10O anjo, porém, disse aos pastores: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo:11Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. 12Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura”.
13E, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão da coorte celeste. Cantavam louvores a Deus, dizendo: 14“Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.
MISSA DO DIA
- 1ª Leitura – (Is 52,7-10)
- Salmo – Salmo 97
- 2ª Leitura – (Hb 1,1-6)
- Evangelho – (Jo 1,1-18)
1ª Leitura
7Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: “Reina teu Deus!” 8Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião.
9Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém.10O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus.
Salmo
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ porque ele fez prodígios!/ Sua mão e o seu braço forte e santo/ alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação,/ e às nações, sua justiça;/ recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram/ a salvação do nosso Deus./ Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ alegrai-vos e exultai!
— Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa/ e da cítara suave!/ Aclamai, com os clarins e as trombetas,/ ao Senhor, o nosso Rei!
2ª Leitura
1Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; 2nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo.
3Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas. 4Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles.
5De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei?” Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um Filho?”
6Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-lo!”
Evangelho
1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus.3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz:9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.
12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude, todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.