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12/12/2018
Aqui quero me dedicar a Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas, que a Igreja celebra no dia 12/12. A simbologia da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe é riquíssima e aqui elenco algumas para provocar em você, querido filho, querida filha uma curiosidade:
O Rosto – Seu rosto é de uma jovem, recém-saída da adolescência, moreno, ovalado e em atitude de profunda oração, refletindo amor e ternura. É a única parte da imagem que não é totalmente índia: tem uma tez morena própria dos nativos, mas os traços são europeus. Numa época em que não havia ainda mestiçagem, A Virgem de Guadalupe anuncia o nascimento de um novo povo: o povo mexicano, que surgiria da miscigenação entre índios e espanhóis.
Os Cabelos – Tem os cabelos soltos, que entre os astecas é sinal de virgindade.
As Mãos – Suas mãos estão juntas em sinal de recolhimento e oração. A direita é mais branca e a esquerda é mais morena, podendo significar a união das raças.
O Broche – O jade do pequeno broche que Maria traz no pescoço, como as estátuas dos deuses, é símbolo de beleza e de riqueza para os índios. A cruz negra no broche identifica-a com os missionários espanhóis.
O Cinto – O cinto negro localizado acima do ventre, é um símbolo asteca de maternidade. Essa é uma imagem em que Nossa Senhora aparece grávida de Jesus.
A Túnica – “rosada ou avermelhada” evoca a aurora ou o entardecer; é a cor de “Tonatiuh” e de “Yestlaquenqui”, nomes diversos do deus sol. Tem o desenho de uma pequena flor de quatro pétalas, e o de um grande botão de flor parcialmente aberto sobre um grosso talo, todo barrocamente estilizado. É o símbolo do monte Tepeyac; significa “no nariz do monte”, que durante certas épocas do ano se enchia de flores silvestres.
A Flor – A flor de quatro pétalas, a “Nahui Ollin”, que para as antigas culturas Asteca representava a presença de Deus, o centro do espaço e do tempo, está estampada na túnica, sobre o ventre, é o símbolo principal na imagem, pois confirma aos indígenas que Ela é a Mãe do Verdadeiro Deus.
A Lua – Ela pisa sobre a lua crescente. Os índios veneravam Quetzalcoatl (serpente de pedra), representado por uma lua encrespada. Os pés de Maria estão firmemente apoiados sobre a lua, simbolizando que Ela está esmagando o deus deles.
O Manto Azul turquesa – Cor sagrada para os nahua, era próprio dos nobres e príncipes, sinal de realeza, virgindade e a cor que as deusas vestiam.
As Estrelas no manto – No manto estão representadas as estrelas mais brilhantes das principais constelações, e se comprova, com exatidão, que no manto da virgem de Guadalupe, está reproduzido o céu do dia 12 de dezembro, solstício do inverno de 1531. Os índios viviam sob as estrelas e aqui Ela as veste. Para eles o solstício de inverno era o dia mais importante em seu calendário religioso. O sol vencia as trevas e ressurgia vitorioso. Por isso, não é casual que precisamente neste dia ocorreu tão grandioso milagre.
Os raios – A Virgem está rodeada de raios dourados que formam um halo de Luz brilhante. Está vestida de sol, grávida da Luz do mundo, do Sol da justiça.
As cores – As cores e luminosidade do rosto, das mãos, da túnica e do manto modificam-se e parecem ser efeito da refração da luz, semelhante ao que acontece nas penas de certos pássaros ou nas asas de algumas borboletas. Tal efeito não poderia na época, como ainda hoje não pode, ser conseguido por técnicas humanas. Mesmo depois de mais de quinhentos anos, não existe descoloração nem fendas da figura original em parte alguma, como também não tem na tilma (manto), que por ser de fibra vegetal, extremamente quebradiço deveria ter se deteriorado completamente já há centenas de anos. Tudo isso, desafia cientistas e estudiosos, fazendo-os concluir que foi Deus quem pintou e conserva a Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.
E para finalizar esta mensagem quero ressaltar que a Mãe do Céu Morena, como cantamos carinhosamente para a Mãe de Guadalupe, está sempre olhando por nós. Em uma das aparições a São Juan Diego, quando este não foi no encontro marcado, pois o seu tio havia ficado enfermo, Nossa Senhora assim falou:
“Escuta-me e entenda bem, meu filho, nada deve amedrontar ou afligir você. Não deixe seu coração perturbado. Não tema está ou qualquer outra enfermidade, ou angústia. Eu não estou aqui? Quem é sua Mãe? Você não está abaixo de minha proteção? Eu não sou a saúde? Não se aflija, pois, seu tio será salvo dessa enfermidade.”
Que assim seja na nossa vida, que nada nos perturbe ou amedronte, porque Nossa Senhora caminha conosco. Amém.
Por Padre Reginaldo Manzotti, via Aleteia