Esperança: fruto da fé e seu sustento
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16/07/2020
Sabemos que, ao ser acolhida no coração, a Palavra de Deus sempre gera seus frutos maravilhosos no nosso interior. Seja por meio da leitura das Sagradas Escrituras, seja no transcorrer do ano litúrgico ou em quaisquer outras oportunidades à luz da Igreja, a Palavra de Deus por meio da ação do Espírito Santo nos assegura múltiplos tesouros, não apenas espirituais, mas de ordem prática. Ela nos fortifica, nos sustenta, nos acalenta, nos exorta, em suma, nos aponta o caminho da Salvação eterna. Veja, não é qualquer salvação, é a Salvação eterna.
Você que busca diariamente esse contato com a Palavra de Deus, de certo, concordará comigo. Ela, embora imutável, nunca se exprime sempre do mesmo modo. Em outras palavras, mesmo que você já tenha tido um contato anterior com determinado trecho das Sagradas Escrituras ou com alguma oração da Igreja, a Palavra de Deus porta indefectivelmente uma novidade. Novidade que o próprio Espírito Santo faz florescer em nosso coração.
Existe outra realidade que, a propósito, também é verdadeira. Se, de fato, deixarmos essa Palavra salvadora criar raízes em nosso coração é impossível permanecermos do mesmo modo. Ela gera inúmeros frutos no nosso interior e esses crescerão, amadurecerão e poderão alimentar não apenas você, mas a muitos ao seu redor. Os frutos gerados pela palavra de Deus são abundantes e não se esgotam.
A Palavra de Deus é fonte de sabedoria
Dessa maneira, quando Deus comunica a sua Palavra, sempre espera uma resposta. E não se trata de uma resposta enfadonha e obrigatória, mas de uma resposta de amor e gratuidade. É um movimento natural, ou melhor, sobrenatural. O Espírito Santo, com efeito, é quem faz com que esta resposta seja eficaz. Aquilo que entrou pelos olhos, pelos ouvidos e penetrou o coração, se manifesta, agora, na vida concreta segundo aquelas palavras: “Sedes por isso executores da palavra, e não apenas ouvintes” (Tg 1, 22).
Acredito que todos nós já tenhamos conhecido alguém que possuía, no quintal de sua casa, uma frondosa árvore frutífera que, no tempo certo, ficava repleta de frutos. Porém, e para o nosso entristecer, essa pessoa não conseguindo consumir os frutos na mesma proporção em que eles amadureciam, nada fazia. Assim, ao invés desse vizinho distribuí-los aos demais, os frutos apodreciam no pé e, depois, caíam no chão. Quanto desperdício, não é mesmo!? Se refletimos um pouco, talvez, estejamos fazendo como esse vizinho, porém, os frutos que estamos deixando de distribuir não são apenas goiabas, mangas e jabuticabas, mas os frutos da Palavra de Deus.
Gratidão
Por outro lado, certamente, já conhecemos também pessoas caridosas que distribuíam aos vizinhos os frutos excedentes de sua plantação. Quem já passou pela experiência gratificante de receber do vizinho uma sacolinha repleta de acerola, por exemplo, saberá o que eu estou querendo dizer. Essa simples ação é capaz de gerar movimento de contentamento e gratidão interior, não é verdade? Você não imagina o enorme bem que uma simples sacolinha de acerola pode causar naquele que a recebe.
Tenho certeza, caro internauta, que você já entendeu o que eu estou querendo dizer. Aquilo que celebramos na liturgia ou que buscamos nas nossas orações precisam se tornar uma realidade em nossa vida, nos nossos costumes e nos nossos atos. O que recebemos de Deus, portanto, deve ser refletido em nossa vida e, assim, nossa vida estará em profunda comunhão com o querer de Deus. Em suma, Deus espera apenas que sua Palavra seja colocada em prática.
Por Gleidson Carvalho, via Canção Nova