Três jovens brasileiros inscritos para o encontro “A economia de Francisco” participam de 2° live Igreja no Brasil Painel
05/11/2020Novembro: Mês de Ação de graças.
05/11/2020
Costumamos dizer que queremos ser uma pessoa melhor e, consequentemente, levar uma boa e condizente vida espiritual. Entretanto, geralmente, não fazemos nada para corresponder ao nosso desejo. Em vez de fazermos escolhas deliberadas todos os dias, erramos o alvo e tentamos ser bons, mas sem nenhum esforço pessoal.
Portanto, não deve ser surpresa para nós que, semanas depois, não estejamos nem perto de nosso objetivo.
São Carlos Borromeu comentou sobre este mesmo assunto em uma carta. De fato, ele se dirigindo aos padres. Mas suas palavras ainda podem ressoar em nós. Diz ele:
“Admito que somos todos fracos, mas se quisermos ajuda, o Senhor Deus nos deu os meios para encontrá-la facilmente. Um padre pode desejar levar uma vida boa e santa, como ele sabe que deveria. Ele pode desejar ser casto e refletir as virtudes celestiais na maneira como vive. No entanto, ele não resolve usar os meios adequados, como penitência, oração, evitar discussões maldosas e amizades prejudiciais e perigosas. Outro padre reclama que, assim que entra na igreja para rezar o ofício ou para celebrar a missa, mil pensamentos enchem sua mente e o distraem de Deus. Mas o que ele fazia na sacristia antes de sair para a para a missa? Como ele se preparou? Que meios ele usou para organizar seus pensamentos?
Propósitos para uma vida espiritual virtuosa
Portanto, a chave para levar uma vida virtuosa e seguir o exemplo de Jesus Cristo é uma vida intencional. Isso significa que não apenas contamos com a graça de Deus, mas também fazemos escolhas intencionais, conhecendo nossos pontos fortes e fracos.
Conhecemos os momentos em que somos mais tentados. Então, cabe a nós fazermos escolhas para evitarmos as coisas que provocam as tentações.
Da mesma forma, Borromeo dá mais algumas sugestões sobre como viver intencionalmente a vida espiritual:
“Meus irmãos, vocês devem compreender que para nós, religiosos, nada é mais necessário do que a meditação. Devemos meditar antes, durante e depois de tudo o que fazemos. O profeta diz: Vou orar e, então, entenderei. Quando você administra os sacramentos, medite sobre o que você está fazendo. Ao celebrar a missa, reflita sobre o sacrifício que está oferecendo. Quando você orar no ofício, pense nas palavras que você está dizendo e no Senhor a quem está falando. Quando você cuidar de seu povo, medite em como o sangue do Senhor o lavou, para que tudo o que você faça se torne uma obra de amor.”
Em suma, faça o que fizer, não seja passivo na vida espiritual. Faça escolhas deliberadas e prepare-se para o que está por vir. Só assim podemos nos aproximar de Deus, nosso objetivo final.
Via Aleteia