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14/06/2018
Vivemos na terra por alguns anos. Conforme o cultivo dos anos da vida vamos percebendo a possibilidade de ter frutos, já colhidos aqui, e com base de sustentação para uma vida eterna feliz. Ao contrário, esta caminhada terrestre se torna uma decepção para cada um e para todos. Tudo depende de usarmos as oportunidades e talentos outorgados por Deus para os colocarmos a serviço de toda a comunidade. Só ter frutos para o aqui da história é muito pouco para quem tem o sonho e a certeza de um futuro imorredouro feliz.
Assentar bases atuais para a construção de um edifício humano sólido para nos tornar realizados em nossa missão de ajudar a implantar um reino de amor, justiça e solidariedade exige de cada um o cuidar da semente da vida que o Criador plantou em nós.
O profeta apresenta as palavras divinas, comparando a vida de um povo qual planta altaneira colocada sobre um monte. Ela dará frutos e servirá de habitação para as aves, mostrando a maravilha da criação (Cf. Ezequiel 17,22-24). De fato, se olharmos com o visual da fé a natureza com tudo o que ela contém, ficamos maravilhados e remontamos ao seu Criador, que deseja o bem de todos, da natureza a ser respeitada e cuidada, dos seres vivos aí habitando e, de modo especial, do ser humano. Depende de nós, humanos, usar da inteligência para cuidarmos com amor da convivência que promova a vida digna para todos. Quando isso não acontece, e nem sempre acontece, devemos rever a caminhada e tomarmos o caminho inicial de fazer a semente da vida produzir melhores frutos.
O apóstolo Paulo lembra a importância de vivermos para Deus, ajudando a implantar o seu Reino de amor, para que a vida tenha sentido e produza benefício para cada um. Um dia nos apresentaremos diante do tribunal divino, recebendo a recompensa de termos trabalhado conforme suas diretrizes. Ao contrário, teremos o castigo (Cf. 2 Coríntios 5,6-10). Não se trata de uma assertiva puramente de uma religiosidade opcional, mas de uma verdade vital. O modo de viver na terra deixará consequências boas ou danosas para todos. Por isso, a semente da vida de cada um tem em seu bojo o potencial de resultado bom ou ruim, conforme seu encaminhamento. Enquanto temos tempo é de bom alvitre que revejamos nosso modo de viver, implantando ou não o Reino de justiça, solidariedade e promoção do bem para todos.
Jesus fala do Reino como uma semente de mostarda. Ela é muito pequena. Mas, se bem plantada e bem cuidada, torna-se maior do que muitas hortaliças (Cf. Marcos 4,31-32). Assim somos nós. Mesmo com nossos limites, podemos e devemos fazer nossa parte, cuidando de nossa vida para que ela produza o máximo de valores, em bem dos outros e de nós mesmos!
Por Dom José Alberto Moura – Arcebispo de Montes Claros (MG)