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11/12/2019
Hoje, me peguei pensando no quão frágeis nós somos como seres humanos. Não somos sequer capazes de lidar com nossas próprias emoções.
Há dias em que passam pela nossa cabeça e pelo nosso coração um turbilhão de emoções. As coisas saem do lugar, a ansiedade bate forte e tudo o que nos resta são a dúvida e a insegurança de uma vida que está sendo vivida. Há dias em que percebemos que o nosso coração já não bate mais como batia antes, porque foi endurecido pelas situações da vida.
Quando percebemos isto, temos a tendência de sentir saudades de quem éramos e de quem, por algum motivo, deixamos de ser. Sentimos uma imensa saudade das alegrias sentidas e de um coração que era manso e humilde, ao ponto de se contentar com pouco. Nestes dias, passamos a sentir saudades de nós mesmos.
Quando falo em sentir saudade de nós mesmos, eu não posso deixar de me perguntar: Será que sabemos realmente quem nós somos, de fato? O que é que nos move? O que nos faz rir? O que nos faz chorar? O que mais admiramos em nós mesmos?
Se pararmos para refletir, muitos de nós não saberemos responder com confiança estes questionamentos. Afinal, nos acostumamos com a opinião do mundo e com o que as pessoas dizem ou deixam de dizer sobre nós. Nos conformamos em sermos diminuídos a quase nada, nos contentamos em aceitar que a vida é assim mesmo, e que nossos sonhos são grandes demais para serem realizados.
Nos contentamos com absolutamente tudo o que o outro diz, e não com o que nós queremos por um puro e simples medo: o da solidão. Se pararmos para pensar, o medo da solidão é justamente o que nos rouba de nós mesmos. Se temos medo, começamos a viver uma vida que não se parece nem um pouco conosco, além de começarmos a viver pelo outro, ao invés de vivermos por nós mesmos pelo simples fato de não querer perdê-lo(a).
Começamos a ter medo de ser grandes sonhadores, pois se ousamos ser sonhadores, há aqueles – que também foram destruídos pela vida – que fazem questão de nos relembrar que a vida não é um conto de fadas e que estamos voando alto demais.
Quando o medo bater, devemos buscar pelo único que, apesar de todo o sofrimento enfrentado, ousou sonhar. Ousou sonhar, e acreditou que sua própria morte seria capaz de trazer a salvação para as pessoas do mundo inteiro.
Quando sentirmos medo da solidão por estarmos sendo nós mesmos, devemos nos lembrar Daquele que também se viu sozinho em seus últimos momentos, mas que ao final, pela sua eterna confiança, provou merecidamente e corajosamente da graça e da promessa cumprida em sua grande história de vida!
Que possamos olhar todos os dias para o céu, que não passa. Isso nos dará força suficiente para continuarmos trilhando nossa jornada nesta terra da maneira mais bonita possível, e para continuarmos confiando cegamente, quando chegarmos ao céu, não haverá mais as lágrimas nem as dores deste mundo.
Sonhar é para os grandes!
Via Aleteia