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30/03/2016
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Com a Vigília Pascal (26/03), iniciamos um novo tempo litúrgico, o Tempo Pascal. Marcamos o início da última etapa do Ciclo da Páscoa, ciclo que reúne a celebração do mistério da Paixão e Morte e o mistério da Ressurreição e Ascensão de Jesus. O ciclo foi iniciado com a Quarta-feira de Cinzas e a Quaresma, seu período de preparação para a Paixão e Morte de Jesus e para a sua Páscoa. Este tempo litúrgico é um prolongamento natural da festa da Páscoa e é análogo ao Tempo do Natal, quando continuamos a comemorar sua respectiva festa.
Como dito, inicia-se nas primeiras vésperas do Sábado Santo, com a missa da Vigília Pascal, e termina no domingo da Solenidade de Pentecostes. Duas marcas importantes deste tempo litúrgico são: a presença do Círio Pascal aceso em todas as missas dominicais e na Vigília Pascal ; a presença da palavra ‘Aleluia’ em todas as antífonas de Entrada e Comunhão das missas deste tempo litúrgico.
Características Litúrgicas
Após da Vigília Pascal e o a Missa do dia da Páscoa, os dias mais importantes deste tempo litúrgico são as solenidades da Ascensão e de Pentecostes, seguidas pelos domingos da Páscoa (2º,3º,4º,5º e 6º), pelas Oitavas da Páscoa e, finalmente, pelas férias da Páscoa (dias da semana, exceto domingos, solenidades, oitavas e festas). Este tempo litúrgico sempre durará 50 dias.
As solenidades da Ascensão e de Pentecostes são uma das maiores liturgias do ano litúrgico, atrás apenas da Páscoa (Vigília Pascal e Domingo de Páscoa) , do Natal (Noite, Aurora e Dia) , da Ceia (Quinta-feira Santa), da Celebração da Paixão e Morte (Sexta-feira Santa) e da Epifania. Logo após estas duas solenidades, estão os Domingos da Páscoa, do Advento e da Quaresma, em grau de importância igual entre si.
As Oitavas da Páscoa são dias festivos, em que se canta o Hino de Louvor, porém possuem apenas uma leitura, como uma festa de segunda classe (festas de alguns Apóstolos, Santos, dos Arcanjos e de Nossa Senhora). Estas oitavas são de mesma importância que as Oitavas do Natal, os últimos dias da Quaresma (na Semana Santa) e do Advento (na Semana Santa do Natal). Não são permitidas solenidades, festas e memórias nestes dias.
As férias da Páscoa são dias comuns (idênticas às férias do Natal e do Tempo Comum), quando se permite a celebração de memórias, missas votivas, festas e solenidades.
A cor litúrgica predominante é a cor branca e sua variante, a cor dourada, utilizada na Páscoa e na Ascensão.
No Brasil, a Ascensão é sempre celebrada no sétimo domingo da Páscoa, como a Epifania é celebrada no segundo domingo após o Natal. Porém, originalmente, a Ascensão é celebrada na Quinta-feira (40 dias depois da Páscoa). No Brasil, o 7º Domingo da Páscoa (e o 2º Domingo do Natal) são omitidos, para que sejam celebradas a Ascensão (e a Epifania), respectivamente.
Data da Páscoa
Como visto, o início do Tempo Pascal é formado pela Vigília Pascal e pela missa do dia da Páscoa. No entanto, esta data é móvel, devido ao cálculo da data da Páscoa, que determina uma série de celebrações distintas: Cinzas (início da Quaresma), domingo da Ascensão, domingo de Pentecostes e algumas solenidades do Tempo Comum: Santíssima Trindade, Corpus Christi e Sagrado Coração de Jesus.
De fato, o cálculo da data da Páscoa foi, por muito tempo, um assunto de divergência entre os cristãos, até que fosse estabelecido como o primeiro Domingo (e a noite de sua véspera) da primeira lua cheia, logo após o equinócio de Outono (Primavera, no Hemisfério Norte). O equinócio de outono é a passagem do verão para o outono.
ALGUNS ASPECTOS TEOLÓGICOS
Ao longo do Tempo Pascal, percorremos os Evangelhos e os Atos dos Apóstolos, observando a transformação realizada pelo mistério Pascal nos apóstolos. Veremos, nos primeiros domingos, aparições de Jesus Cristo Ressuscitado. Um exemplo é a ,talvez, o mais famoso caso, a Aparição aos Discípulos de Emaús, no Evangelho de Lucas.
O livro dos Atos dos Apóstolos será primeira leitura, durante todo o Tempo Pascal, pois mostrará a ação que move os apóstolos em direção ao ministério cristão. Veremos, também, nos Evangelhos dos domingos mais tardios, ensinamentos proferidos por Jesus na sua última Ceia, sobre o mandamento do amor, sobre a vinda do Espírito Santo e sobre como devem proceder os apóstolos, depois de sua partida (Ascensão).
A teologia em torno da Páscoa foi passada através da tradição apostólica, assegurada pelo Espírito Santo. No seio do cristianismo, havia algumas seitas cristãs que não aceitavam a ressurreição corpórea de Jesus. Muitos destes grupos foram designados como gnósticos e escreveram evangelhos e outros tratados filosóficos. Logo no início do cristianismo, não havia evangelhos que conhecemos hoje, os quais foram formados através da tradição passada pelos Pais da Igreja.
Por isso, houve disputas em torno da profissão de fé que seria oficial, até o Concílio de Niceia.
Os Evangelhos apócrifos (literalmente, secretos) são toda a produção de textos acerca de Jesus Cristo que não está na Bíblia. Há uma grande quantidade de textos apócrifos, das mais variadas vertentes teológicas, dentre as quais estão os gnósticos. O Evangelho de Tomé é um notável exemplo, pois contém um teor gnóstico, mas contém muito em comum com os Evangelhos canônicos (Lucas, João, Mateus e Marcos).
A leitura destes textos enriquece o conhecimento de historiadores, jogando luz aos primórdios do cristianismo, além disso, muitos destes textos são tão antigos quanto os Evangelhos canônicos e contém muitos fatos acerca de Jesus Cristo. O importante é saber que estes textos também contém reflexões tardias e teologia própria, misturada a fatos reais. Saber separar estes fatos da teologia imbuída é essencial.
Uma Páscoa cheia de transformações na vida de todos!
Por Thiago – Cantinho da Liturgia