Advento – 4º Domingo
19/12/2015“Igreja mesmo com manchas e rugas, é sempre Mãe”, diz Papa
21/12/2015“Se quiseres encontrar Deus, procurai-o na humildade, na pobreza, procurai-o onde Ele se encontra escondido: nos necessitados, nos mais necessitados, nos doentes, nos famintos, nos encarcerados.”
Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa na qual, na tarde desta sexta-feira, abriu a Porta Santa da Caridade no Albergue da Caritas “Don Luigi di Liegro”, situado nas proximidades da estação ferroviária Termini de Roma.
Após a abertura da Porta Santa do albergue da Caritas situado no coração de Roma, o Pontífice entrou no refeitório, onde foi acolhido por mais de duzentos assistidos pela estrutura caritativa, representando todos os centros de acolhimento da Caritas diocesana, acompanhados por alguns voluntários e agentes pastorais.
Fazendo votos de que o Senhor abra a porta do nosso coração, na homilia da celebração eucarística o Santo Padre frisou que as honrarias não abrem a porta do Céu.
A salvação está na humildade
As riquezas, as honorificências não abrem a porta do Céu. O caminho da salvação é o caminho da humildade.
O amor de Jesus é grande. Por isso hoje, ao abrir a Porta Santa – disse Francisco –, “gostaria que o Espírito Santo abrisse o coração de todos os romanos, e lhes mostrasse qual é o caminho da salvação! Não é o luxo, não é o caminho das grandes riquezas, não é o caminho do poder. É o caminho da humildade”.
Deus se encarnou na simplicidade
O Papa havia iniciado sua reflexão ressaltando que Deus veio nos salvar, e para fazer isso o modo melhor que encontrou foi escolhendo caminhar conosco, assumindo a nossa vida, e o fez na simplicidade e na humildade, escolhendo não uma grande cidade de um grande império, não uma princesa, uma condessa, uma pessoa importante, não escolheu um palácio de luxo. “Tudo parece ter sido feito intencionalmente quase às escondidas”, observou o Papa.
Escolheu Maria, uma jovem de 16/17 anos, num vilarejo perdido nas periferias do império; José era um jovem carpinteiro que ganhava o pão de cada dia. “Tudo na simplicidade, tudo no anonimato”, acrescentou.
Dois pedidos do Papa
Francisco disse que ao abrir essa Porta Santa da Caridade pedia duas coisas:
“Primeiro, que o Senhor abra a porta do nosso coração, a todos. Todos precisamos, todos somos pecadores, todos precisamos ouvir a Palavra do Senhor e que a Palavra do Senhor venha.”
“Segundo, que o Senhor nos faça entender que o caminho da presunção, das riquezas, da vaidade, do orgulho, não são caminhos de salvação. Que o Senhor nos faça entender que a sua carícia de Pai, a sua misericórdia, o seu perdão, se dá quando nos aproximamos daqueles que sofrem, dos descartados na sociedade, ali está Jesus”, ressaltou.
“Que o Senhor hoje, abrindo esta porta – prosseguiu – dê esta graça a todos em Roma, a cada habitante de Roma, de poder seguir adiante naquele abraço da misericórdia.” “Que o Senhor nos dê essa graça”, concluiu o Papa Francisco.
O Natal faça nascer o Senhor em cada coração
Após a missa, os assistidos pelo centro da Caritas cantaram o “Parabéns pra você” ao Santo Padre por seus 79 anos, celebrados esta quinta-feira, dia 17. Por fim, Francisco expressou um desejo:
“Neste Natal gostaria que o Senhor nascesse no coração de cada um de nós, de forma escondida, de modo que ninguém percebesse, mas que o Senhor esteja presente!”
Por Rádio Vaticano