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11/05/2016Realiza-se de 8 a 15 de maio no Brasil e em diversos países da América Latina a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, dedicada este ano ao tema das migrações. “Chamados e chamadas a proclamar os altos feitos do Senhor” é o tema escolhido, inspirado na Primeira Carta de São Paulo a Pedro, capítulo 2, versículo 9.
Na carta divulgada pelo CONIC, as Igrejas sublinham que o Brasil não vive o drama das migrações nas dimensões vividas na Europa, mas alerta para a necessidade de uma maior conscientização na acolhida ao migrante: “O Batismo nos chama ao respeito pelos migrantes. Mais que tolerantes, devemos ser respeitosos, diz a mensagem. A tolerância deveria levar ao reconhecimento do direito à dignidade que é inerente a todo ser humano”.
Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Francisco Biasin, Bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda e Presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB, destaca a importância do “ecumenismo de serviço” para alcançar resultados sociais significativos:
“Encontramos a cada ano que passa maior adesão e a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, não é realizada apenas entre as Igrejas membro do CONIC, que são cinco, mas em muitas outras Igrejas. Sobretudo naquelas Igrejas onde os Pastores tem uma liberdade maior de poder juntar os seus fieis junto com outras Igrejas, a fim de responder ao apelo e ao mesmo tempo à Oração de Jesus: “Pai que todos sejam um”.
Tem um ecumenismo que nós poderíamos chamar de “ecumenismo de diálogo” entre as Igrejas, de diálogo teológico, sobretudo. Tem um “ecumenismo espiritual”, que é típico desta Semana de Oração pela Unidade e tem um “ecumenismo de serviço”, que ajuda as Igrejas a não permanecerem apenas sentadas na mesa ao redor de um assunto, ou polêmico ou que pode acrescentar perspectivas de avanço do ponto de vista teológico. O ecumenismo de serviço é aquele que nos vê mais unidos, porque podemos ter projetos comuns de atuação em todo o território nacional. Aqui no Brasil tem a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) com sede em Salvador, Bahia, que gerencia projetos comuns para todas as Igrejas, favorecendo a solidariedade internacional através de Agências internacionais de serviço e através da CESE, nós conseguimos realizar serviços sociais muito significativos, não no sentido de alcançar soluções mirabolantes no Brasil todo, mas muitas soluções pontuais, sobretudo nas áreas mais carentes do país. Ou com categorias de pessoas que experimentam na sua vida um certo esquecimento ou uma certa marginalidade. Creio que através da CESE é possível realizar também projetos no sentido das migrações, porque a CESE ela tem uma coordenação de Igrejas mais amplas do que o próprio CONIC. Tem Igrejas Evangélicas, por exemplo, que não estão no CONIC, mas estão na CESE, e através deste organismo de serviço nós podemos alcançar resultados sociais significativos e de maior alcance”.
Por Rádio Vaticano