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17/06/2016O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou, na quarta-feira, 16, a continuidade do Grupo de Enfrentamento (GT) ao Tráfico Humano.
Na reunião, o bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, dom Guilherme Werlang, explicou que o GT surgiu a partir da junção do Grupo de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e o de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Sua existência tem por objetivo promover a conscientização, a denúncia e a incidência política diante de crimes que violam a dignidade humana.
Dois membros do GT, Francisco Alan dos Santos Lima e Rogenir Almeida Santos Costa, apresentaram aos bispos uma memória histórica do grupo, suas realizações, desafios e resultados, como a intensificação dos esforços das pastorais e entidades em torno da Campanha da Fraternidade 2014; a articulação de uma visão comum sobre o Tráfico Humano, possibilitando uma articulação e confluência de pastorais e organismos da Igreja; a incidência nas políticas públicas; a consolidação do trabalho em rede, que tem como foco o enfrentamento ao tráfico humano; fortalecimento da rede de acolhida das pessoas vulneráveis ao tráfico, sobretudo os migrantes; articulação com o poder público. Francisco e Rogenir sugerirarm a continuidade do GT por meio de um fórum ou de uma articulação pastoral, de caráter permanente, vinculado à Comissão da CNBB.
Para o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, a continuidade do GT é necessária, sobretudo pela urgência da temática. Dom Sergio chamou a atenção para a questão dos imigrantes expostos ao tráfico de pessoas e trabalho escravo.
O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, apoiou a iniciativa e falou sobre a exploração econômica de pessoas traficadas ou exploradas de várias maneiras. Para dom Odilo, é importante que haja uma gestão político-parlamentar sobre a questão, que promova leis que penalizem o tráfico de pessoas.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, disse, ao final, que o trabalho desenvolvido pelo GT tem se revelado fecundo e ressaltou o interesse público pela iniciativa.
Por CNBB