Papa pede à nação polonesa olhar de esperança para o futuro
27/07/2016Bispos poloneses participam de encontro privado com o Papa
27/07/2016O Papa Francisco afirmou que o mundo atual está em guerra, mas não é uma guerra de religiões. A declaração foi dada a bordo do avião que o levou de Roma a Cracóvia para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que começou ontem.
“Uma só palavra gostaria de dizer para esclarecer. Quando eu falo de ‘guerra’, falo de guerra seriamente, não de ‘guerra de religiões’. Existe guerra de interesses, existe guerra pelo dinheiro, existe guerra pelos recursos da natureza, existe guerra pelo domínio”, disse o Santo Padre aos jornalistas com os quais chegou hoje à Polônia.
“Esta é a guerra. Alguém pode pensar: ‘Está falando de guerra de religiões’: não! Todas as religiões, queremos a paz. A guerra, a querem os outros. Entendido?”, continuou.
O Santo Padre fez esta afirmação em resposta à pergunta de Pe. Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, sobre os fatos ocorridos ontem em uma igreja da região da Normandia, onde dois membros do Estado Islâmico assassinaram o Pe. Jacques Hamel, de 84 anos, enquanto celebrava Missa.
“Esta é a guerra! Não tenhamos medo de dizer esta verdade: o mundo está em guerra, porque perdeu a paz”, disse o Pontífice.
Em seguida, Francisco disse que agora em Cracóvia “esperamos que os jovens nos digam algo e nos deem esperança neste momento”.
“Uma palavra que – sobre isto dizia Padre Lombardi – se repete tanto é ‘insegurança’. Mas a verdadeira palavra é ‘guerra’. Há tempos dizemos que o mundo está em guerra em partes, esta é a guerra. Houve aquela de 1914 e depois a de 1939. No mundo de agora existe esta”, ressaltou.
“Não é tão orgânica, talvez; organizada, sim. Este santo sacerdote que morreu precisamente no momento em que fazia a oração por toda a Igreja, é um; mas quantos cristãos, quantos inocentes, quantas crianças… Pensemos na Nigéria, mas, lá é a África, como se ninguém importasse”, continuou.
O Santo Padre também agradeceu a quem tem devotado suas condolências pelo assassinato do Pe. Hamel e, “de modo especial, ao presidente francês (François Hollande), que me chamou como um irmão e agradeço”.
Por ACI