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02/09/2016O dia 29 de outubro é o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). Gostaria de começar esta matéria especial com a história da Mariângela (Mari), da Paróquia de São Roque em Vila Valqueire no Rio de Janeiro. Ela sofreu um AVC aos 21 anos, e hoje, aos 23, ela dá continuidade ao seu tratamento, graças à ajuda das pessoas da Rede Social Facebook. Vamos conhecer um pouco da história da Mari: ela sofreu o AVC isquêmico, com 3 trombos na ponte do cérebro (a história dela está em fb.com/solidariedadeparamari/).
A Mari trabalhava numa empresa e chegava do trabalho muito estressada, nervosa e deprimida. No dia 31 de julho de 2014, sua irmã acordou e a viu no banheiro, se arrumando para ir trabalhar, e tensa, porque já estava atrasada. A irmã se ofereceu para arrumar sua bolsa, enquanto ela terminava. Pouco tempo depois, ela saiu do banheiro, chegou na cozinha, e disse: “Irmã, nossa, tô sentindo uma dor aguda na nuca e minha língua está formigando”.
Ao chegar ao hospital, foi medicada e diagnosticada como problemas psicológicos. Na manhã de 1º de agosto de 2014, a família levou Mari ao hospital Pasteur, no Méier, onde ela deu entrada e foi internada imediatamente. Foi para o CTI, sem falar, chorando, com convulsões e os dentes trincados.
Ficou ainda por 7 dias no CTI, e mais 15 dias no semi-intensivo, antes de ir para o quarto particular, onde ficou por 3 meses, conseguindo pequenos avanços, como mexer as mãos, o tronco e a cabeça.
Atualmente, Mari se recupera com HomeCare, com fisioterapia e fonoaudiologia, mas ainda não chegou aos 100% de melhora.
A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de AVC, sendo essa a primeira causa de morte e incapacidade no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) e Academia Brasileira de Neurologia (ABN). O AVC ou AVE (acidente vascular encefálico) ocorre, quando existe a interrupção da oferta de oxigênio e nutrientes em um território do cérebro, cerebelo ou tronco cerebral. Essa interrupção pode ocorrer devido a um entupimento, que é o AVC isquêmico, ou rompimento de um vaso, caso do AVC hemorrágico.
Conheça o AVC
Os Sintomas
Os sintomas de AVC são a diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo; alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo; perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos; alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem; dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente e instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
O tratamento
O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos, que podem auxiliar na restauração das funções afetadas. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.
Conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, o AVC pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade, praticamente, não deixam sequelas. Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, nem mesmo de sair da cama.
A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular, depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de sequelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital.
Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado.
Os fatores que contribuem para o AVC
Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.
Os medicamentos
Os medicamentos usados no tratamento do AVC são geralmente indicados para evitar futuras complicações, a exemplo de doenças cardiovasculares. Esses medicamentos também podem ser recomendados por médicos, para prevenir a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais.
O importante é não interromper o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Informações complementares poderão ser obtidas no site da Associação Brasil AVC em https://www.abavc.org.br/ e no portal do Ministério da Saúde em https://portalsaude.saude.gov.br/.
Por João Dias
Arte: Thiago Maia
Fontes: https://www.facebook.com/solidariedadeparamari/, https://www.abavc.org.br/ e https://portalsaude.saude.gov.br/