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22/09/2016Nos dias em que diversos chefes de Estados estão reunidos em Assembleia Geral da ONU, o presidente da confederação internacional da Caritas, Dom Luis Antonio Tagle, disse que a crise de refugiados exige “uma solução humana” por parte dos líderes internacionais, com respostas “políticas, diplomáticas, humanitárias”
“Não se resolve o problema dos refugiados nem os conflitos que lhes estão ligados com a guerra. Toda a gente perde, na guerra”, advertiu o cardeal, em Fátima (Portugal), nesta terça-feira, 20, onde marcou presença para falar aos participantes na assembleia geral da Ordem dos Carmelitas.
O responsável sublinha que o Papa Francisco e a Igreja Católica “não estão levantando a voz como líderes políticos” na questão dos refugiados. “O Santo Padre é muito claro, ele está dando voz ao Evangelho, sobretudo ao Evangelho sobre a dignidade de cada ser humano”, precisa.
Para o cardeal Luis Antonio Tagle, está em causa a “dignidade” de seres humanos que perderam tudo, que “não são apenas estrangeiros, são irmãos e irmãs”.
O responsável admite que este é um assunto “muito complexo” com vários pontos de vista, na Europa, mas reforça a ideia de que a Igreja Católica manifesta “preocupações humanitárias” e não político-partidárias.
O presidente da Caritas Internacional já esteve na a Grécia para aferir a forma como está a decorrer o apoio a pessoas e famílias vindas de países como a Síria, o Afeganistão ou o Iraque.
O cardeal filipino entende que é preciso refletir sobre o nexo entre pobreza e falta de paz, lamentando que a riqueza esteja confinada às mãos de alguns. “Como é que os pobres não desfrutam dos benefícios do desenvolvimento?”, questiona.
Dom Luis Antonio Tagle observa que a Igreja entra nestes debates “como consciência” e deixa um apelo: “Vamos rever os nossos sistemas econômicos, sociais, políticos, educativos”.
O entrevistado deixou ainda uma reflexão sobre o Jubileu da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco para recordar a “relação de Deus” com cada pessoa, o seu amor, “num mundo onde há tanto terror, medo, impaciência” e “barreiras”.
Por Canção Nova, com Agência Ecclesia