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27/06/2017“Hoje colhemos os frutos do diálogo teológico dos últimos decênios”, nos quais foram dados mais passos em frente do que em todos os séculos precedentes.
Foi o que afirmou ao semanário espanhol “Alfa y Omega” o Secretário Geral da Federação Luterana Mundial, Reverendo Martin Junge [na foto com o Papa], à margem do Congresso de Teologia Ecumênica realizado nos dias passados na Pontifícia Universidade de Salamanca.
Releitura histórica
O pastor chileno fala de um “novo clima” existente entre as Igrejas cristãs, que se manifesta sobretudo no esforço de “fazer uma releitura da história de uma outra maneira”.
Mesmo consciente da persistência de grandes diferenças de opinião, como por exemplo sobre a sucessão apostólica, sobre o conceito de Sacramentos (em particular a Eucaristia) e sobre a ordenação de mulheres, a vontade expressa pela Comissão luterano-católica romana sobre a unidade, por meio do documento “Do conflito à comunhão“, exorta a não abater-se diante dos obstáculos e a prosseguir o caminho iniciado.
Liderança ecumênica do Papa Francisco
A busca da unidade vai se interiorizando “no cotidiano das nossas Igrejas, o que observo com muita alegria”, observa Junge.
“Sabemos que o nosso passado tem páginas muito dolorosas, mas hoje podemos interpretá-las de maneira diferente”, acrescenta, reconhecendo o papel da “liderança ecumênica” do Papa Francisco, exercido em “continuidade com os seus predecessores”.
Neste sentido, a celebração comum dos 500 anos do início da Reforma protestante, “lança um forte sinal de que é o momento de deixar para trás o conflito e abrir-se à comunhão que Deus nos promete”.
Diálogo teológico é imprescindível
Segundo o Secretário Geral da Federação Luterana Mundial, “existem razões muito profundas que nos levam ao caminho rumo à unidade e, neste sentido, o diálogo teológico é imprescindível”.
Diálogo que está ocorrendo entre as próprias comunidades reformadas (das quais os luteranos representam o maior porta-voz), de maneira a atrair também aqueles grupos que até agora ficaram à margem deste processo, como os pentecostais, intensificando os contatos.
Ao mesmo tempo, em 5 de julho, em Wittenberg (cidade alemã onde, em 1517, Martinho Lutero difundiu suas famosas teses), a Comunhão Reformada Mundial irá aderir à Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, assinada por católicos e luteranos em 1999 em Augusta, resolvendo a principal controvérsia teológica que deu origem ao cisma.
Ao documento já aderiram, em 2006, o Conselho Mundial Metodista, enquanto em 2016, também o Conselho consultivo anglicano “acolheu e confirmou a substância” da Declaração.
Por Rádio Vaticano