Dom Fernando: expectativa para Congresso Eucarístico Nacional
26/06/2018O valor do sinal da cruz
26/06/2018
Foi realizado em Roma, na segunda-feira (25/06), na Pontifícia Universidade Santa Cruz, um Simpósio sobre a defesa internacional da liberdade religiosa, organizado em colaboração com a Ajuda à Igreja que Sofre, a Comunidade de Santo Egídio e a Embaixada dos Estados Unidos junto à Santa Sé. O discurso conclusivo foi do cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano.
Ao responder algumas perguntas durante o evento, o cardeal Parolin falou sobre o Dia de reflexão e oração pela Paz no Oriente Médio que será realizado em Bari no dia 7 de julho com a participação do Papa Francisco e os líderes das Igrejas Orientais: “Como sempre, Papa Francisco propõe sinais muito significativos. E isto é mais um sinal da sua proximidade às terras e aos povos que sofrem perseguições”.
Colaboração entre as Igrejas cristãs
Ao falar dos propósitos do Santo Padre relativos ao evento de Bari, o Secretário de Estado disse: “O Santo Padre tem a convicção de que as Igrejas cristãs – estarão presentes patriarcas de várias denominações cristãs – possam colaborar na busca de uma solução, considerando também o forte sentimento religioso daquelas populações”. “Portanto será um passo nesta direção – acrescentou Parolin – ou seja, garantir maior liberdade religiosa, garantir respeito por todos e colaboração de todos para a construção do próprio país”.
Parolin: sobre as migrações é necessário uma resposta europeia
Depois o cardeal Parolin respondeu a algumas perguntas sobre o tema da gestão dos fluxos migratórios e da acolhida dos migrantes: “Acredito que seja necessário uma resposta comum a este problema. Certamente, os portos fechados não são uma resposta”. Em seguida, falou do encontro desta terça-feira (26/06) entre o Papa Francisco e o presidente francês Emmanuel Macron, o Cardeal indicou que “a questão das migrações certamente será um dos temas a serem tratados”.
Superar a indiferença política
No discurso de conclusão o Secretário de Estado indicou uma série de ações a serem colocadas para defender a liberdade religiosa, entre as quais: superar a indiferença política; sensibilizar a opinião pública; fazer com que as condições econômicas e sociais permitam a volta das minorias às suas terras de origem; alimentar o diálogo inter-religioso, cuidar da formação religiosa para prevenir a radicalização e bloquear o fluxo de dinheiro e armas que permitem o ataque às minorias.
Preocupação pelas perseguições às minorias
“Participei deste simpósio porque a Santa Sé está na primeira linha pela defesa e promoção da liberdade religiosa – explicou o purpurado – e acompanha com extrema preocupação o que está acontecendo no mundo, onde as minorias, tanto étnicas quanto religiosas, não são respeitadas, ao contrário, muitas vezes são hostilizadas, até mesmo perseguidas para que desapareçam”. “Queremos que as religiões se tornem fatores de paz e portanto, por meio de um sério e construtivo diálogo inter-religioso, ofereçam soluções aos inúmeros conflitos existentes no mundo”, concluiu o cardeal.
Cristãos são os mais perseguidos
Também estava presente no Simpósio o presidente da Comunidade de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, que sublinhou a necessidade de ligar a liberdade religiosa aos outros direitos. Também evidenciou que os cristãos continuam sendo a comunidade de fiéis mais perseguida no mundo.
A liberdade religiosa não é uma ameaça
Mons. Khaled Akhasheh, responsável do Islã junto ao Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, auspiciou que a liberdade religiosa “seja vista não como uma ameaça à paz e à harmonia das sociedades, mas como uma condição necessária para um verdadeiro bem-estar”. Também falou que a defesa da liberdade religiosa deve valer para todos os homens principalmente no nosso mundo globalizado. “A universalidade, é também uma condição necessária para a credibilidade dos que crêem e das suas religiões porque a seleção, em base étnica ou religiosa, não é aceitável”. Sobre isso recordou que os muçulmanos apreciaram muito a atenção dada pelo Papa Francisco ao povo Rohingya.
Por Vatican News