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09/08/2018
A situação é dramática na ilha indonésia de Lombok, atingida pelo terremoto deste último dia 5 de agosto.
Segundo fontes locais, o número de vítimas, ainda provisório, deve aumentar. Aldeias inteiras estão sem eletricidade e há relatos de falta de água potável. A proteção civil informou que mais de 13 mil residências foram destruídas. Várias testemunhas também relatam a ausência de planos adequados de evacuação. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham encontrado abrigo em estruturas temporárias.
O terremoto deste domingo (5) veio pouco após outro sismo que tinha atingido a região em 29 de julho, ocasião em que 17 pessoas morreram. A preocupação continua por causa do risco de tremores secundários, costumeiros após os terremotos mais intensos.
Em 2004, mais de 120 mil pessoas morreram somente na Indonésia devido ao histórico terremoto seguido de tsunami, em 26 de dezembro. O tremor desta semana reaviva na população o sentimento de medo, angústia e dor.
O Papa Francisco, em 6 de agosto passado, expressou via telegrama as suas condolências e assegurou a sua proximidade na oração.
O compromisso da Cáritas Indonésia
Os católicos na Indonésia são minoria. Mas a contribuição deles, inclusive nesses momentos dramáticos, é preciosa.
A Igreja está presente nas áreas atingidas pelos terremotos de 29 de julho e 5 de agosto para coordenar as primeiras intervenções. Na ilha de Lombok está presente uma equipe da diocese de Denpasar. Nesta primeira fase, estão sendo distribuídos kits higiênicos e realizados projetos para a reconstrução.
Em entrevista a Francesca Merlo, noticiada pelo Vatican News, o responsável de projetos da Cáritas Indonésia, Yohanes Baskoro, fala sobre a situação na ilha de Lombok:
“Estamos dando o nosso apoio desde o dia seguinte ao primeiro tremor, de 29 de julho. Os voluntários distribuem os kits higiênicos e levam os feridos aos hospitais mais próximos para os primeiros socorros. Fomos solicitados a fornecer mais kits de higiene para 188 casas nas aldeias das áreas mais atingidas. Estimamos terminar a entrega dos kits na segunda semana de agosto e, já enquanto isso, começaremos a fornecer ajuda para as vítimas do terremoto. Em nome da Cáritas Indonésia, na próxima semana, vamos envolver novos voluntários. Também faremos as devidas avaliações dos prejuízos”.
A entrevista prossegue: “A Indonésia é um país predominantemente muçulmano. Vocês encontraram dificuldades, como organização católica e levando em conta que os cristãos são minoria?”. Baskoro responde:
“Não temos dificuldade em fornecer ajuda humanitária: nunca usamos o nome da Igreja e levamos a nossa ajuda não somente aos católicos, mas a todas as comunidades atingidas pelo terremoto, independentemente de sua pertença religiosa ou étnica”.
Via Aleteia