Papa aos cabeleireiros: evitem a tentação da fofoca
29/04/201957ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil
29/04/2019
Beatos por estarem sempre “prontos para responder a qualquer um que pedisse a razão de sua esperança” e por darem “um heroico testemunho cristão”, culminando no sacrifício final de si mesmos, coroado pelo martírio. Assim o cardeal Angelo Becciu apresentou à multidão que participou da Missa de beatificação na manhã deste sábado em La Rioja, Dom Enrico Angelelli Carletti, padre Gabriel Longueville, padre Carlos de Dios Murias e Wenceslao Pedernera. Eles foram mortos “in odium fidei” na Diocese onde atuavam, no verão de 1976.
Os mártires têm uma “grande recompensa no céu”
“Ícone do bom pastor, enamorado de Cristo e do próximo”: assim falou do então bispo de La Rioja, Dom Angelelli Carletti, que soube conquistar ótimos colaboradores e muitas conversões para a Igreja.
Entre os primeiros estão os outros dois padres Beatos: o religioso franciscano Carlos de Dios Murias, que se destacou “pelo espírito de oração e real desapego dos bens materiais”, e Gabriel Longueville, “homem da Eucaristia”. Todos os três foram capazes de compreender e responder aos desafios da evangelização voltados às camadas mais desfavorecidas da população.
Às conversões por seu intermédio, pertence o leigo Pedernera, que se tornou catequista e membro ativo do Movimento Católico Rural. Se, de fato, os primeiros são um exemplo para pastores e sacerdotes de hoje – para que exerçam seu ministério “com ardente caridade, fortes na fé também nas dificuldades, prontos para abraçar a cruz” – este último, pai de família, fala a todos nós e nos exorta a distinguir-nos “pela transparência da fé” e a nos deixarmos guiar por ela nas decisões mais importantes da vida.
Um clima político “incandescente”
Para melhor compreender o contexto em que os quatro novos Beatos viveram e agiram, o cardeal Becciu, em sua homilia, abordou o tema da perseguição religiosa que derivou da instauração da ditadura militar argentina na década de 1970, que “olhava com suspeita toda forma de defesa da justiça social”.
“Oficialmente, o poder político se professava respeitoso e até mesmo um defensor da religião cristã – explicou o prefeito -, mas na realidade pretendia instrumentalizá-la, pretendendo uma atitude de apoio por parte do clero e passiva por parte dos fiéis”.
Diferentemente, por outro lado, agiram os novos Beatos, que continuaram a professar e testemunhar uma fé que tivesse reflexos na vida concreta, para que “o Evangelho se tornasse o fermento de uma nova humanidade, fundada na justiça, na solidariedade e na igualdade”.
Via Vatican News